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Akash Bashir: jovem que deu a vida para salvar fiéis

Publicado em: março 14th, 2025|Categorias: Notícias|Views: 333|

Jovem paquistanês Akash Bashir continua a inspirar o mundo, dez anos após seu sacrifício.

Em 15 de março a morte de Akash Bashir, faz 10 anos. Um jovem católico de 20 anos que deu a própria vida para salvar centenas de pessoas. Ele interceptou um homem-bomba logo que tentava entrar na igreja de São João, em Youhanabad, na Diocese de Lahore, no Paquistão.

Então, após esse ato heroico, Akash passou a ser reconhecido como “Servo de Deus”, tornando-se o primeiro na história do Paquistão a receber esse título. Sem dúvida esse é o primeiro passo no caminho para a beatificação, trazendo esperança para a comunidade cristã paquistanesa e internacional.

A história de coragem de Akash Bashir

Nascido em 22 de junho de 1994, em uma família católica de Risalpur, Akash Bashir sempre demonstrou forte compromisso com sua comunidade. Então, em 15 de março de 2015, no quarto domingo da Quaresma, ele trabalhava como voluntário na segurança da igreja quando percebeu um homem suspeito tentando entrar no local. Centenas de fiéis participavam da missa.

Mas, ao notar que o homem vestia explosivos, Akash agiu imediatamente para impedi-lo. Suas últimas palavras foram: “Eu morrerei antes de deixar você entrar”. Então, com toda sua força, ele segurou o terrorista, evitando um massacre. Sem conseguir avançar, o homem-bomba detonou os explosivos, matando a si mesmo e a Akash.

O primeiro santo do Paquistão e seu legado

O padre Pierluigi Cameroni, postulador geral para as Causas dos Santos da Família Salesiana, falou à ACN, destacando a importância do testemunho de Akash: “Esta é uma causa especial, porque ele era jovem, porque será o primeiro santo paquistanês e porque tem uma dimensão ecumênica.”

De fato, segundo Cameroni, responsável pela causa devido à ligação de Akash com a escola salesiana, sua morte representa o “ecumenismo do sangue”, tema frequentemente abordado pelo Papa Francisco.

“Pouco antes do ataque à igreja católica de São João, uma igreja anglicana também foi alvo de um atentado. Esse fato uniu as comunidades anglicana e católica na dor. Além disso, o túmulo de Akash foi construído com mármore doado por um muçulmano, mostrando que seu sacrifício foi reconhecido além das fronteiras religiosas.”

A força do testemunho de Akash Bashir

Desde o início de seu processo de beatificação, 32 testemunhas foram ouvidas, incluindo amigos, familiares, religiosos, padres e até muçulmanos. A fase diocesana foi concluída em 24 de outubro de 2024, e agora o caso está sob análise em Roma. Afinal o exemplo de Akash Bashir tem inspirado muitos jovens no Paquistão e no mundo.

O padre Cameroni destaca: “Os cristãos foram fortalecidos, outros jovens assumiram essa missão e houve muitos batismos. Ele tem sido uma fonte de paz e esperança, pois seu exemplo nos dá um vislumbre da vitória de Cristo. A Páscoa representa morte e ressurreição, ou seja, esperança. É também um chamado à reconciliação.”

Akash também se destaca por sua humildade. Dessa forma o padre Cameroni relembra: “Ele era um jovem muito simples, mas sempre cheio de amor e serviço aos pobres, movido pelo ideal de defender a justiça.” Durante a conversa com a ACN, o postulador mencionou um episódio impressionante sobre um sonho que Akash teve. “Ele confidenciou a um amigo que sonhou que morreria servindo e fazendo o bem. Após seu assassinato, esse amigo contou o sonho ao pai de Akash.”

Um exemplo de fé e coragem para o mundo

Então, dez anos depois, a história de Akash Bashir continua a inspirar jovens e cristãos que enfrentam perseguição religiosa. O padre Cameroni destaca a força de suas últimas palavras: “Eu morrerei antes de deixar você entrar.” Ele reforça que essa frase simboliza o combate ao mal.

“Akash não permitiu que o mal entrasse. Ele preferiu dar a vida. Devemos seguir esse exemplo, lutando para não deixar o mal entrar em nossas vidas. Vejo nessa frase o reflexo da mensagem de Dom Bosco. Isso é uma grande fonte de esperança cristã. O poder de Cristo pode vencer qualquer mal. O mal nunca terá a última palavra.”

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