Jesus mesmo deu à sua Igreja uma missão muito concreta, um mandamento na verdade: “Por onde andardes, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’.” (Mt 10,7). No Batismo e na Crisma o Espírito Santo é “derramado”, dando-nos a capacidade de sermos testemunhas do amor de Deus em um mundo descristianizado e – podemos dizer com razão – pagão.
Não só na Eternidade, mas todos são chamados a experimentar o Reino de Deus no agora de nosso tempo. O Espírito Santo desperta no mais profundo da alma de cada ser humano a expectativa de conhecer a verdade sobre Deus e o desejo de estar intimamente unido a Ele.
Por isso o Espírito Santo é o personagem principal da missão da Igreja. Sem Ele, a realidade do Reino de Deus teria permanecido inacessível a nós e, sobretudo, seríamos incapazes de compreender o escândalo da Cruz. Só o Espírito Santo pode nos fazer compreender que o amor de Deus se revelou na cruz em sua medida mais suprema e que, este mesmo amor, tem poder de libertar cada pessoa do pecado, salvá-la da morte eterna e de reconduzi-la à casa do Pai.
O Espírito Santo tudo inspira
Mas é muito rápido para que a nossa vida cristã se torne vazia de espírito, sem força e sem atração, e talvez nem sequer nos damos conta disso. Em um sermão de Pentecostes, o Patriarca de Constantinopla (1948-1972) Atenágoras I falou sobre as consequências da ausência do Espírito Santo: “Sem o Espírito Santo, Deus está distante; Cristo permanece no passado; o Evangelho é letra morta; a Igreja, mera associação; a autoridade, uma forma de domínio; a missão é proselitismo; a liturgia é uma evocação de espíritos; e a vida cristã, uma moral de escravidão”.
Caros amigos, quem realmente orienta sua vida conforme o Evangelho e, por meio da renúncia ao próprio ego, dá lugar ao amor de Deus, sempre estará cheio do Espírito Santo. Com Maria, peçamos o Espírito Santo para, com Ele, compreender melhor a nossa missão de evangelizar. Sem o Espírito de Deus, que tudo inspira, o mundo decai no caos. Mas cada um de nós é uma porta através da qual Ele pode chegar às pessoas de nosso tempo.
Ele quer nos inflamar com o seu fogo, conforme experimentou Santa Faustina: “Eu sou inteiramente fogo, inflama-me o desejo de salvar almas; percorro em espírito o mundo todo, e de modo especial os países mais pobres, para salvar almas. Compreendi espiritualmente que muitas almas gritam: ‘Dai-nos Deus!’ E em momentos de intimidade com Ele, senti que o destino do mundo inteiro dependia de mim. Como eu gostaria de ser sacerdote! Como eu gostaria de ser missionária! Ó Jesus, eu sei que posso ser sacerdote, missionária, apóstola e sofrer o martírio, se eu me consumir de amor por Ti!”
Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional
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