Mianmar

LIBERDADE RELIGIOSA NO MUNDO
RELATÓRIO 2023

POPULAÇÃO

54.808.276

ÁREA (km2)

676.577

PIB PER CAPITA

5.592 US$

ÍNDICE GINI

30.7

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PIB PER CAPITA

5.592 US$

ÍNDICE GINI

30.7

Religiões

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Disposições legais em relação à liberdade religiosa e aplicação efetiva

A Constituição de 2008 de Mianmar (também conhecida como Birmânia) protege a liberdade religiosa dos seus cidadãos. O artigo 34.º declara: “Todo o cidadão tem igualmente direito à liberdade de consciência e [tem] o direito de professar e praticar livremente a religião sujeita à ordem pública, moralidade ou saúde e às outras disposições desta Constituição”. Embora reconhecendo o Cristianismo, o Islamismo, o Hinduísmo e o Animismo como “as religiões existentes na União no dia da entrada em vigor da presente Constituição” (artigo 362.º), a Constituição reconhece a “posição especial do Budismo como a fé professada pela grande maioria dos cidadãos da União” (artigo 361.º).1

O artigo 364.º proíbe “o abuso da religião para fins políticos” e declara que “qualquer ato que vise ou seja suscetível de promover sentimentos de ódio, inimizade ou discórdia entre comunidades ou seitas raciais ou religiosas é contrário a esta Constituição. Uma lei pode ser promulgada para punir tal atividade”.

Para além da Constituição, as seções 295, 295A, 296, 297 e 298 do Código Penal relacionam-se com a religião e proíbem ofensas ou insultos religiosos. São semelhantes às leis da blasfêmia de outros países. A seção 295 refere-se a atos que destroem, danificam ou contaminam um local de culto; a seção 295A refere-se aos insultos à religião; a seção 296 refere-se à perturbação de um encontro religioso; a seção 297 refere-se à invasão de um local de culto; e a seção 298 refere-se ao insulto aos sentimentos religiosos de uma pessoa. Todas estas ofensas implicam multas e penas de prisão de um a dois anos.2

Em 2015, o Governo de Mianmar introduziu quatro projetos de lei que acabaram por ser adotados e continuam em vigor até hoje, conhecidos como as leis de Proteção da Raça e da Religião. Estas leis incluem legislação que exige o registro dos casamentos entre homens não budistas e mulheres budistas, impondo obrigações a serem cumpridas pelos maridos não budistas e sanções por incumprimento, bem como regulamentos sobre conversão religiosa e a exigência de que as conversões sejam aprovadas por um organismo governamental.

O artigo 121.º (alínea i) proíbe os membros de “ordens religiosas”, tais como sacerdotes, monges e religiosas, de todas as religiões, de concorrerem a cargos públicos, bem como de votarem (artigo 392.º, alínea a). O Governo restringe, por lei, as atividades políticas e a expressão política do clero budista (sangha). A Constituição proíbe “o abuso da religião para fins políticos” (artigo 364.º).3

O Departamento para a Perpetuação e Propagação do Sasana (ensinamentos budistas) do Ministério dos Assuntos Religiosos supervisiona as relações do Governo com monges e escolas budistas. O Comitê de Coordenação dos Monges da Sangha do Estado (SSMNC) supervisiona as nove ordens religiosas aprovadas no país. O Governo proíbe qualquer organização de monges budistas que não seja a das nove ordens monásticas reconhecidas pelo Estado.4

Incidentes
e episódios relevantes

No dia 1º de fevereiro de 2021, os militares de Mianmar derrubaram o Governo civil democraticamente eleito, declararam o estado de emergência e criaram um Conselho de Administração do Estado (SAC), que é um regime militar liderado pelo comandante-em-chefe das forças armadas, o general superior Min Aung Hlaing. O Governo de civis, liderado por Aung San Suu Kyi e pelo seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), tinha sido reeleito para um segundo mandato nas eleições de novembro de 2020 com uma maioria esmagadora, mas foi derrubado no golpe de Estado pouco antes de formar governo.

O golpe de Estado resultou num novo período de intensa repressão dos direitos humanos em todo o país. De acordo com a Associação de Assistência aos Presos Políticos (AAPP), desde 4 de novembro de 2022 foram efetuadas pelo menos 16.089 detenções desde a tomada do poder, 12.879 pessoas continuam detidas, e 2.413 pessoas foram mortas.5 Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em 26 de setembro de 2022, o número de deslocados internos atingiu 1.347.400, incluindo 1.017.000 deslocados desde o derrube dos militares.6 O Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Mianmar, Thomas Andrews, descreveu a situação dos direitos humanos no país como tendo passado de “má a pior para horrível”. Enquanto o regime militar persegue uma repressão implacável e brutal contra grupos pró-democracia e uma ofensiva intensificada contra as comunidades étnicas, pelo menos 28 mil casas foram destruídas e 13 mil crianças mortas desde o golpe de Estado.7

Neste contexto, a liberdade de religião ou crença tem sido diretamente afetada de duas formas: primeiro, os militares há muito que estão associados a uma agenda nacionalista budista extrema8 que é intolerante com os grupos étnicos não mianmarenses e com os grupos religiosos não budistas; e, em segundo lugar, os locais de culto são alvo porque são centros comunitários chave, e os líderes religiosos são alvo porque são líderes comunitários chave, associados com a sociedade civil, a ajuda humanitária e os grupos de resistência.

Durante o período abrangido por este relatório, houve muitos casos de igrejas cristãs a serem atacadas. Segundo a Radio Free Asia, pelo menos 132 edifícios religiosos foram destruídos em Mianmar desde o golpe, incluindo pelo menos 66 igrejas destruídas no estado de Chin e 21 no estado de Caiá.9 Muitas vezes, o pretexto dado pelo exército para tais ataques foi que as igrejas estavam a abrigar, ou estavam de alguma forma ligadas a combatentes da resistência. Um líder cristão de Caiá disse que o regime visava deliberadamente edifícios religiosos fora das zonas de combate: “Estão atacando as igrejas intencionalmente para suprimir o espírito do povo cristão, atacando as suas igrejas sagradas”.10

Os ataques direcionados não eram novos. Antes de o Governo chefiado por Aung San Suu Kyi assumir o controle, a junta militar no poder tinha implementado uma campanha centrada na obediência de tribos étnicas não birmanesas. Isto incluía um elemento religioso, uma vez que o Cristianismo era mais prevalecente nas áreas tribais – e, mesmo nessa época, havia relatos de o exército pôr fogo a igrejas.11 O estado de Caiá, onde 75% dos habitantes são de minorias étnicas, tem a percentagem mais elevada de cristãos. Há mais de 90 mil católicos Caiá, que representam mais de um quarto dos 355 mil habitantes do estado, bem como um número significativo de batistas.12

No dia 8 de março de 2021, a Ir. Ann Nu Tawng ajoelhou-se perante a polícia armada, implorando-lhes que não disparassem contra jovens manifestantes que se abrigavam no complexo da Catedral de São Colombano em Myitkyina, a capital do estado de Cachim. As imagens da irmã da Congregação de São Francisco Xavier, na Diocese de Myitkyina, deram a volta ao mundo. Mas, quando ela se ajoelhou, a polícia abriu fogo sobre os manifestantes desarmados que a apoiavam. Dois foram mortos e outros sete ficaram feridos. A Ir. Tawng tinha feito anteriormente um pedido de misericórdia semelhante a 28 de fevereiro.13

Em 14 de março – no mesmo dia em que foi noticiado que cerca de 50 pessoas foram mortas quando as forças governamentais abriram fogo sobre manifestantes desarmados –, o Cardeal Charles Maung Bo, líder dos católicos do país, fez um novo apelo à paz: “Os assassinatos têm de parar imediatamente. Tantas pessoas pereceram.”14

No dia 24 de maio, forças militares bombardearam a Igreja do Sagrado Coração em Kayan Tharyar, no estado de Caiá, matando quatro pessoas que ali se tinham refugiado.15 Na sequência deste ataque, o Cardeal Charles Bo, Arcebispo de Rangum, emitiu uma declaração pedindo à junta que não visasse locais de culto. Quatro dias depois, em 28 de maio, as tropas do exército de Mianmar dispararam contra a Igreja de São José em Demoso, no estado de Caiá, e mataram dois homens que recolhiam alimentos para pessoas deslocadas internamente.16

Em junho, a Igreja de Maria Rainha da Paz em Daw Ngan Kha, no estado de Caiá, foi atacada e gravemente danificada pelo fogo de artilharia.17 Também este mês, três pastores cristãos foram presos no estado de Cachim por organizarem um serviço de oração pela “paz em Mianmar”.18 Acabaram por ser libertados em outubro.

No dia 3 de agosto, soldados mianmarenses ocuparam e profanaram duas igrejas na aldeia de Chat, estado de Chim. Na Igreja St John’s RC, soldados abriram o sacrário e atiraram hóstias consagradas para o chão antes de as espezinharem. Foram destruídos armários e outros móveis, tendo ocorrido danos semelhantes na Igreja Batista de Chat.19

Em setembro, um pastor batista, Cung Biak Hum, foi morto a tiro por soldados do exército de Mianmar enquanto tentava extinguir um incêndio causado por fogo de artilharia.20

No dia 7 de setembro, a junta militar libertou Ashin Wirathu da prisão. Este controverso monge budista, que “fundou uma organização nacionalista acusada de incitar à violência contra os muçulmanos”,21 defende uma visão militante que “justifica o uso da força contra outras religiões e culturas, e apoia regimes autoritários”.22 Embora significativa, a sua libertação não deve ser sobrestimada. A sangha budista de Mianmar não é uniforme nas suas posições. Alguns monges, por exemplo, protestaram nas ruas na sequência da tomada do poder pelos militares com outros presos por atividades anti junta militar. Mas, para “os nacionalistas budistas que apoiaram o exército e a sua repressão, o golpe de Estado apresentou oportunidades”. A campanha eleitoral nacional de novembro de 2020 viu “o partido USDP apoiado pelos militares adotar explicitamente temas nacionalistas nos seus slogans eleitorais, incluindo a ‘proteção da religião'”.23

No dia 16 de setembro em Mandalay, homens armados à paisana, acompanhados por soldados fardados, prenderam o Reverendo Thian Lian Sang, um pastor de etnia chinesa, e revistaram a sua casa onde confiscaram dinheiro e celulares pertencentes à Igreja e à sua família.24

Em outubro, sete trabalhadores da agência católica de ajuda humanitária Caritas (Karuna) foram detidos durante uma missão de socorro a populações deslocadas internamente no estado de Caiá.25

Entre 29 e 31 de outubro, o exército de Mianmar realizou um ataque contra a cidade de Thantlang, no estado de Chim, e incendiou vários edifícios. Foram destruídas diversas, um orfanato que albergue mais de 20 crianças e os seus cuidadores, os escritórios de duas organizações não governamentais, a Save the Children e a Organização dos Direitos Humanos de Chin (CHRO), e mais de 100 casas. O ataque começou a 29 de outubro, quando membros do exército incendiaram um edifício anexo à Igreja Batista de Thantlang – a maior congregação da cidade e o primeiro edifício a ser incendiado –, bem como a casa do pastor e os escritórios sinodais da Igreja Presbiteriana. O exército de Mianmar também queimou a Igreja Pentecostal na Rocha.26

Na véspera de Natal, 24 de dezembro de 2021, pelo menos 35 civis foram queimados vivos pelo exército de Mianmar na aldeia de Mo So, perto da cidade de Hpruso, estado de Caiá. Fontes também relataram que os soldados usaram civis como escudos humanos e colocaram minas terrestres à volta da aldeia. Os corpos das vítimas, incluindo idosos e crianças, foram descobertos no dia de Natal.27 O Cardeal Bo emitiu uma declaração sincera no dia 26 de dezembro, dizendo: “Apelo aos militares para que deixem de bombardear, metralhar e matar. Apelo ao movimento democrático e aos grupos étnicos armados para que lutem seriamente pela paz. E rezo do fundo do meu coração pelo fim das tragédias a que temos assistido nos últimos dias e semanas, e durante demasiados anos e décadas”. O cardeal rezou por um novo amanhecer para Mianmar e pelas “almas daqueles que tão brutalmente foram assassinados”.28

Em fevereiro de 2022, soldados detiveram dois sacerdotes católicos, o Pe. John Paul Lwel e o Pe. John Bosco, que transportavam mantimentos para a aldeia de Le Htun, no estado de Shan. Não foi dada qualquer razão para a sua detenção.29

No dia 8 de março, os militares mianmarenses visaram uma igreja e um convento nos arredores de Demoso, no estado de Caiá. A Igreja de Nossa Senhora de Fátima na aldeia de Saun Du La sofreu danos devido a um ataque aéreo. Alguns dias mais tarde, o convento das Irmãs da Reparação, onde há uma casa de repouso e um hospital, foi bombardeado.30

Em 8 de abril, cerca de 40 soldados invadiram a Catedral do Sagrado Coração, em Mandalay, durante uma Missa de Quaresma, colocando o Arcebispo Marco Win Tin, sacerdotes diocesanos e pessoal da catedral em prisão domiciliária. As tropas detiveram a congregação durante cerca de três horas. Os soldados permaneceram na catedral durante toda a noite, dizendo que estavam à procura de armas. Não foram encontradas armas.31

Em julho, uma igreja católica, a Igreja Mãe de Deus em Mobye, no sul do estado de Shan, foi profanada quando aproximadamente 50 soldados ocuparam o edifício, o usaram como cozinha e colocaram minas terrestres à volta da igreja.32

No dia 3 de novembro, uma Escola Bíblica dirigida por cristãos Kachin em Kutkai, no estado de Shan, foi bombardeada, e quatro pessoas ficaram feridas.33

Embora os ataques às igrejas cristãs, ao clero, aos leigos e às organizações tenham aumentado significativamente desde o golpe de Estado, continuam as graves violações da liberdade de religião ou de crença contra os Muçulmanos. Em 21 de março de 2022, o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken reconheceu oficialmente que os militares de Mianmar estavam a cometer um genocídio contra os Rohingyas predominantemente muçulmanos.34 Segundo o ACNUR, mais de 153 mil rohingyas são deslocados dentro de Mianmar, a maioria vivendo em campos controlados pelo regime.35 Outros 700 mil fugiram para o Bangladesh após as atrocidades cometidas em 2017, e estima-se que há quase um milhão no total a viver como refugiados no Bangladesh.36

Os budistas que discordam ou do Governo militar ou da agenda extremista budista nacionalista também enfrentam perseguição. Os mosteiros budistas considerados como estando associados a atividades pró-democracia foram atacados, e vários monges estão agora na prisão. Segundo a Radio Free Asia, quase 40 monges budistas foram mortos e quase 40 presos desde o golpe de Estado.37 Em novembro de 2021, por exemplo, um tribunal prorrogou por dois anos a pena de prisão do proeminente monge budista Ashin Thawbita, que tinha sido acusado de violação de uma cláusula relativa à difamação na lei das telecomunicações, devido a comentários nas redes sociais sobre os militares.38 Em outubro de 2022, Ashin Ariya Wun Tha Bhiwun Sa, mais conhecido como Myawaddy Sayadaw, um proeminente monge budista de Mandalay, morreu na Tailândia. Myawaddy Sayadaw tinha sido uma voz muito ativa contra o regime e contra a agenda nacionalista budista extremista. Foi detido e encarcerado alguns dias após o golpe de Estado de 1 de fevereiro de 2021, mas fugiu para a Tailândia após a sua libertação em agosto de 2021.39

O Papa Francisco tem demonstrado um interesse e preocupação consistentes com a situação em Mianmar. No dia 16 de maio de 2021 celebrou uma Missa especial na Basílica de São Pedro, em Roma, para a comunidade de Mianmar,40 e no primeiro aniversário do golpe de Estado rezou pelo país.41 Também falou sobre a situação noutras ocasiões, e em 2017 tornou-se o primeiro pontífice de sempre a visitar o país. Recebeu igualmente no Vaticano em Roma a líder pró-democracia e chefe de Governo eleita, Aung San Suu Kyi e estabeleceu relações diplomáticas entre a Santa Sé e Mianmar.42 Em outubro de 2022, o Papa Francisco condenou o bombardeamento de uma escola na região de Sagaing, na qual 11 crianças foram mortas. Disse ele: “Esta semana ouvi o grito de luto pela morte de crianças numa escola bombardeada. Vemos que no mundo de hoje há uma tendência para o bombardeamento de escolas. Que o grito destes pequenos não passe despercebido! Estas tragédias não devem acontecer!”43

Perspectivas para a
liberdade religiosa

O golpe militar de 1º de fevereiro de 2021 foi um grave revés para as perspectivas de liberdade religiosa e de crença em Mianmar. Mesmo durante o período anterior de liberalização política e quase-democracia de 2012-2022, a intolerância religiosa emergiu como uma crescente ameaça à paz e à segurança no país. Os preconceitos e tensões sociais também se tornaram mais profundamente enraizados e intensos, como evidenciado pelo aumento do discurso de ódio antimuçulmano, pela violência esporádica antimuçulmana em todo o país e, finalmente, pelo genocídio dos Rohingyas.

No entanto, o período de comparativa abertura política criou espaço para uma combinação de iniciativas de diálogo inter-religioso, campanhas para combater o discurso do ódio, atividades da sociedade civil e defesa de reformas da legislação discriminatória que poderiam, com o tempo, ter ajudado a combater a intolerância religiosa e a promover a liberdade de religião ou crença. Sob o regime militar, tal espaço foi agora fechado e isto, combinado com uma ditadura alimentada em parte por uma ideologia nacionalista étnico-religiosa, significa que a liberdade religiosa continuará a ser gravemente ameaçada. Enquanto os direitos humanos, incluindo os direitos iguais das diversas comunidades étnicas e tradições religiosas de Mianmar, não forem respeitados, as perspectivas para a liberdade religiosa em Mianmar são terríveis. Estima-se que a perseguição continue e se intensifique, com mais atrocidades e crises humanitárias no horizonte.

Notas e
Fontes

1 The Constitution of the Republic of the Union of Myanmar, 2008. https://www.constituteproject.org/constitution/Myanmar_2008?lang=en (acessado em 12 de dezembro de 2022).
2 Myanmar: The Penal Code: http://www.burmalibrary.org/docs6/MYANMAR_PENAL_CODE-corr.1.pdf (acessado em 12 de dezembro de 2022).
3 Gabinete para a Liberdade Religiosa Internacional, 2019 International Religious Freedom annual report, “Burma”, Departamento de Estado Norte-Americano, https://www.state.gov/reports/2019-report-on-international-religious-freedom/burma/ (acessado em 12 de dezembro de 2022).
4 Gabinete para a Liberdade Religiosa Internacional, op.cit.
5 Assistance Association for Political Prisoners – ver https://aappb.org (acessado em 12 de dezembro de 2022).
6 UNICEF, Myanmar Humanitarian Situation Report, n.º 8, 2022, https://www.unicef.org/myanmar/reports/unicef-myanmar-humanitarian-situation-report-no8-2022 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
7 OHCHR, “Conditions for Untold Numbers of Innocent People in Myanmar Have Gone from Bad to Worse to Horrific, Special Rapporteur tells Human Rights Council”, 21 de setembro de 2022, https://www.ohchr.org/en/press-releases/2022/09/conditions-untold-numbers-innocent-people-myanmar-have-gone-bad-worse#:~:text=Presentation-,THOMAS%20ANDREWS%2C%20Special%20Rapporteur%20on%20the%20situation%20of%20human%20rights,of%20innocent%20people%20in%20Myanmar (acessado em 12 de dezembro de 2022).
8 “The Rise of Buddhist Ethnonationalism and Military Impunity in Myanmar”, By John Cosenza, 7 de fevereiro de 2020, https://www.persecution.org/2020/02/07/rise-buddhist-ethnonationalism-military-impunity-myanmar/ (acessado em 28 de fevereiro de 2022).
9 “At least 132 religious buildings destroyed since Myanmar coup”, Radio Free Asia, 8 de julho de 2022, https://www.rfa.org/english/news/myanmar/religiousbuildings-07082022181759.html#:~:text=According%20to%20information%20compiled%20by,%2C%20Mindat%2C%20Kanpetlet%20and%20Matupi (acessado em 12 de dezembro de 2022).
10 “Over 100 Religious Buildings Destroyed by Myanmar Regime Forces”, Irrawaddy, 28 de março de 2022, https://www.irrawaddy.com/news/burma/over-100-religious-buildings-destroyed-by-myanmar-regime-forces.html (acessado em 31 de março de 2022).
11 John Pontifex and John Newton, Persecuted and Forgotten? 2011-2013, p. 28.
12 US State Dept., “Burma”, 2020 Report on International Religious Freedom, https://www.state.gov/reports/2020-report-on-international-religious-freedom/burma/ (acessado em 24/03/22).
13 “Two young people killed in the compound of the Catholic Cathedral surrounded by the military”, Agenzia Fides, 8 de março de 2022, http://www.fides.org/en/news/69741-ASIA_MYANMAR_Two_young_people_killed_in_the_compound_of_the_Catholic_Cathedral_surrounded_by_the_military; “‘Shoot me instead’: Myanmar nun’s plea to spare protesters”, The Guardian, 9 de março de 2021, https://www.theguardian.com/world/2021/mar/09/shoot-me-instead-myanmar-nuns-plea-to-spare-protesters (ambos acedidos a 21 de julho de 2022).
14 John Newton, “The killings must stop at once”, ACN (UK) News, 15 de março de 2021, https://acnuk.org/news/myanmar-the-killings-must-stop-at-once/ (acessado em 6 de junho de 2022).
15 “Four die in military attack on Myanmar church”, UCANews, 24 de maio de 2021, https://www.ucanews.com/news/four-die-in-military-attack-on-myanmar-church/92583 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
16 “Another church attacked in conflict-torn eastern Myanmar”, UCANews, 28 de maio de 2021, https://www.ucanews.com/news/another-church-attacked-in-conflict-torn-eastern-myanmar/92645 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
17 “Military attack (again) a Catholic church in Kayah state”, AsiaNews, 7 de junho de 2021, https://www.asianews.it/news-en/Military-attack-(again)-a-Catholic-church-in-Kayah-State-53346.html (acessado em 12 de dezembro de 2022).
18 “Three Pastors of the Baptist Church arrested in Kachin State: they were praying for peace”, Agenzia Fides, 1 de julho de 2021, http://www.fides.org/en/news/70421-ASIA_MYANAMR_Three_Pastors_of_the_Baptist_Church_arrested_in_Kachin_State_they_were_praying_for_peace (acessado em 12 de dezembro de 2022).
19 “Burmese army soldiers occupy and desecrate two churches”, Agenzia Fides, 1 de setembro de 2021, http://www.fides.org/en/news/70717-ASIA_MYANMAR_Burmese_army_soldiers_occupy_and_desecrate_two_churches (acessado em 23 de março de 2022).
20 “Baptist pastor shot dead in Myanmar”, UCANews, 20 de setembro de 2021, https://www.ucanews.com/news/baptist-pastor-shot-dead-in-myanmar/94210 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
21 ” Wirathu, the Myanmar monk labelled ‘the face of Buddhist terror’, released from prison after charges dropped”, South China Post, 7 de setembro de 2021, https://www.scmp.com/news/asia/southeast-asia/article/3147807/wirathu-myanmar-monk-labelled-face-buddhist-terror (acessado em 28 de fevereiro de 2022).
22 “Myanmar’s extreme Buddhist nationalists”, Amresh Lavan Gunasingham, The Interpreter, 21 de setembro de 2021, https://www.lowyinstitute.org/the-interpreter/myanmar-s-extreme-buddhist-nationalists (acessado em 28 de fevereiro de 2022).
23 “Myanmar’s extreme Buddhist nationalists”, Amresh Lavan Gunasingham, The Interpreter, op. cit. e “The Rise of Buddhist Ethnonationalism and Military Impunity in Myanmar”, op. cit.
24 “Chin Baptist pastor still missing a week after abduction”, LICAS News, 24 de setembro de 2021, https://www.licas.news/2021/09/24/abducted-baptist-pastor-in-myanmar-state-still-missing/ (acessado em 12 de dezembro de 2022).
25 “Myanmar: 3 million in urgent need of help; junta arrests Caritas staff”, Vatican News, 20 de outubro de 2021, https://www.vaticannews.va/en/world/news/2021-10/myanmar-humanitarian-crisis-un-caritas-workers-arrested.html (acessado em 12 de dezembro de 2022).
26Army shelling in Myanmar blamed for setting 160 homes ablaze”, The Independent, 30 de outubro de 2021, https://www.independent.co.uk/news/myanmar-army-bangkok-aung-san-suu-kyi-save-the-children-b1948337.html?fbclid=IwAR0EXo4kr1g7pgXWRK245-_XjuPHcAXcuMKP2raNHRXgoaK8eKUUdlh-KWs (acessado em 12 de dezembro de 2022).
27 “At least 35 civilians burned alive in Myanmar atrocity”, CSW, 26 de dezembro de 2021, https://www.csw.org.uk/2021/12/26/press/5523/article.htm (acessado em 12 de dezembro de 2022).
28 “Cardinal Bo: Myanmar is a war zone”, Vatican News, 27 de dezembro de 2021, https://www.vaticannews.va/en/church/news/2021-12/cardinal-bo-myanmar-appeal-christmas-day-massacre-peace.html (acessado em 12 de dezembro de 2022).
29 “Two Catholic priests arrested for providing humanitarian aid to displaced people”, Agenzia Fides, 25 de fevereiro de 2022, http://www.fides.org/en/news/71712-ASIA_MYANMAR_Two_Catholic_priests_arrested_for_providing_humanitarian_aid_to_displaced_people (acessado em 22 de março de 2022).
30 “Church and convent bombed in Demoso”, Asianews, 10 de março de 2022 https://www.Asianews.it/news-en/Church-and-convent-bombed-in-Demoso-55324.html (acessado em 23 de março de 2022).
31 “Archbishop of Mandalay among those detained by military in Cathedral raid”, CSW, 11 de abril de 2022; https://www.csw.org.uk/2022/04/11/press/5675/article.htm (acessado em 23 de março de 2022).
32 “Myanmar junta desecrates another Catholic church”, UCANews, 14 de setembro de 2022, https://www.ucanews.com/news/myanmar-junta-desecrates-another-catholic-church/98761 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
33 “Myanmar military shells Bible School”, UCANews, 4 de novembro de 2022, https://www.ucanews.com/news/myanmar-military-shells-bible-school/99306 (acessado em 12 de dezembro de 2022).
34 “US government accuses military of genocide against Rohingya”, CSW, 22 de março de 2022, https://www.csw.org.uk/2022/03/22/press/5653/article.htm (acessado em 12 de dezembro de 2022).
35 “Stateless Rohingya continue to struggle for survival in Myanmar”, UNHCR, 25 de agosto de 2022, https://www.unhcr.org/uk/news/stories/2022/8/630780aa4/stateless-rohingya-continue-struggle-survival-myanmar.html (acessado em 13 de dezembro de 2022).
36 Reliefweb, Rohingya Refugee Response, abril de 2022, https://reliefweb.int/report/bangladesh/rohingya-refugee-response-wfp-bangladesh-information-booklet-april-2022#:~:text=Attachments&text=By%20end%2Dde março de%202022%2C%20there,living%20on%20Bhasan%20Char%20island (acessado em 13 de dezembro de 2022).
37 “Nearly 40 Buddhist clergy killed and 40 jailed since Myanmar coup”, Radio Free Asia, 25 de abril de 2022, https://www.rfa.org/english/news/myanmar/clergy-04252022200817.html (acessado em 13 de dezembro de 2022).
38 Gabinete para a Liberdade Religiosa Internacional, International Religious Freedom annual report 2021, “Burma”, Departamento de Estado Norte-Americano, https://www.state.gov/reports/2021-report-on-international-religious-freedom/burma/ (acessado em 13 de dezembro de 2022).
39 “Myanmar mourns monk who promoted interfaith harmony”, UCANews, 31 de outubro de 2022, https://www.ucanews.com/news/myanmar-mourns-monk-who-promoted-interfaith-harmony/99256 (acessado em 13 de dezembro de 2022).
40 “Pope to celebrate Mass for Rome’s Myanmar Catholics on de maio de 16”, Vatican News, 4 de maio de 2021, https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2021-05/pope-francis-myanmar-mass-may16-ascension.html (acessado em 13 de dezembro de 2022).
41 “Pope Francis prays for Myanmar on coup anniversary”, Vatican News, 2 de fevereiro de 2022, https://www.vaticannews.va/en/pope/news/2022-02/pope-francis-myanmar-appeal-coup-anniversary.html (acessado em 13 de dezembro de 2022).
42 “Pope Francis meets Myanmar leader, launch diplomatic relations”, Catholic Register, 4 de maio de 2017. https://www.catholicregister.org/home/international/item/25073-pope-francis-meets-myanmar-leader-launch-diplomatic-relations (acessado em 13 de dezembro de 2022).
43 “Pope Francis decries Myanmar school attack”, UCANews, 26 de setembro de 2022, https://www.ucanews.com/news/pope-francis-decries-myanmar-school-attack/98886 (acessado em 13 de dezembro de 2022).

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ou somos irmãos, ou todos perdemos

Como seres humanos, temos tantas coisas em comum que podemos conviver acolhendo as diferenças com a alegria de ser irmãos. Que uma pequena diferença, ou uma diferença substancial como a religiosa, não obscureça a grande unidade de ser irmãos. Vamos escolher o caminho da fraternidade. Porque ou somos irmãos, ou todos perdemos.

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