Padre Ishaq Ghulam ainda é jovem. Ele foi ordenado há quatro anos atrás no Paquistão, um país de maioria muçulmana, onde os cristãos são “socialmente discriminados, politicamente oprimidos e perseguidos pela fé que professam”, nos diz um dos irmãos do próprio padre Ghulam.

Nos últimos dois anos, Ishaq Ghulam tem sido o pároco de uma comunidade católica no deserto de Thal, constituída de 200 famílias católicas. Muitas delas vivem amplamente dispersas pelo deserto, algumas estão a 40 km de distância da paróquia. A seca, a areia, a alta temperatura, tudo torna a vida das pessoas e animais ainda mais difícil. Com muito trabalho, as famílias conseguem sobreviver.

Ainda assim o padre Ghulam possui uma alegria incrível e muita coragem frente a estes desafios. Ele é incansável no deslocamento de toda área que abrange seu pastoreio. Não é um trabalho fácil. Ele tem a sua disposição um carro velho, que com dificuldade consegue trafegar por estradas totalmente irregulares e cheias de areia do deserto. Há lugares onde as dunas de areia chegam até onde os olhos podem enxergar, tornando difícil a localização e a escolha de qual rumo tomar. Mesmo quando há um trecho de pista que mais se aproxima de uma estrada de verdade, há muitos buracos, um maior que outro, impossibilitando o trafego normal, ainda mais de um carro não preparado e pior, velho.

No inverno as coisas são ainda piores, a temperatura muda radicalmente para um frio congelante, ocasionando algumas panes no carro, no meio do deserto. E quando isto ocorre, não se pode esperar virar uma esquina e parar numa oficina.

Estes incidentes não são coisas que abalam a fé e vontade do padre Ghulam, mas com freqüência ele fica doente quando seu carro quebra no frio do deserto, deixando-o preso na estrada vazia. No entanto, o padre não está mais preocupado com sua saúde, mas com a necessidade de ministrar o dom que Deus lhe deu aos seus paroquianos. Sem um veículo apropriado é simplesmente muito difícil para ele chegar a todas pessoas que estão à espera de confissão, direcionamento espiritual, sacramentos, missas e outros.

Uma coisa é clara, devido ao tipo de terreno que o padre está, somente um jipe robusto seria viável, uma vez que um veículo menor não poderia lidar com as condições do deserto. Além disso, também é importante adaptar o jipe para transporte de doentes ao pronto atendimento e levar qualquer tipo de ajuda às pessoas que passam necessidade, o que hoje não é possível.

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4 Comentários

  1. ANA MOREIRA 24 de março de 2010 at 20:45 - Responder

    QUANDO LEIO ESTAS NOTICIAS SOBRE A NECESSIDADE DE AJUDA,ANSIO TER CONDIÇOES FINANCEIRAS O BASTANTE PARA DOAR AO TRABALHO DESTE SACERDOTE NO DESERTO O JEEP ADAPTADO OU GOSTARIA DE ESTAR LA PARA AJUDA-LO. QUE TRABALHO LINDO!

  2. elizabeth tomie nascimento 23 de março de 2010 at 17:12 - Responder

    Precisamos divulgar mais sobre esses padres missionários que lutam incansalvemente com tão pouco recursos,que as pessoas sejam mais generosos nas CAMPANHAS MISSIONÁRIAS.

  3. Amauri de Almeida 17 de fevereiro de 2010 at 10:29 - Responder

    Também gostei do artigo. Uma verdade cristã em tempos difíceis em lugares hostis para os fiéis. Seria interessante incentivar jovens aventureiros do mundo inteiro a visitar o padre da paróquia local. Ouvir as mensagens de fé por ele e quem sabe contribuir com algum donativo para as comunidades pobres da região. Imagino que haja sacerdotes espalhados pelo mundo nessas condições. “Que Deus os proteja!”

  4. HUMBERTO 12 de fevereiro de 2010 at 21:28 - Responder

    Muito bom artigo onde tantos aqui desconhecem a perseguição ao nossos irmãos cristãos na sua luta diaria para professar sua fé e levar a palavras a muitos, Parabens

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