Santo Agostinho define a misericórdia como “a compaixão de nosso coração diante da miséria de outra pessoa”. Tomás de Aquino desenvolve o pensamento, considerando verdadeiramente misericordioso só aquele que se esforça ativamente em eliminar a miséria do outro.

É justamente nesse sentido que age o Instituto Santo Agostinho em Kampala, Uganda. Mas há muitas formas de miséria e necessidade, inclusive também entre os padres. A carta com o pedido de ajuda do Instituto enumera algumas: “Quem sempre só dá e se dedica aos outros, corre o risco de acabar emocional e espiritualmente esgotado.” Ele necessita de oração e silêncio. Quem sempre está só ativo e atuante e não pode cuidar da atualização nos estudos corre o risco de encalhar em rotina espiritual. Ele precisa de renovação espiritual-teológica.

Quem terminou os estudos bem antes da revolução tecnológica dos computadores e smartphones – ocorrida há uns 30 anos – corre o risco de ser considerado antiquado, retrógrado ou mesmo analfabeto informático. Ele precisa de um “upgrade”. Todos os padres, não importa a idade ou a formação que tenham, recebem esse saber prático e teológico, o repouso e animação na relação com o Criador, tudo no instituto Santo Agostinho. O instituto organiza “encontros de turma” para seminaristas após 25 anos, ensina o uso de computadores e explica os mais recentes documentos do Papa. Organiza retiros e encontros de oração, oferece ajuda e orientação para os estafados e para os que têm incertezas. Todos temos algum problema, e quanto mais o soubermos controlar, tanto mais poderemos nos dedicar à nossa comunidade. Reconhecer a necessidade e remediá-la – isso é misericórdia. A ACN colabora com o instituto Santo Agostinho. Como são necessários em nossos tempos agitados tais institutos, e não só em Uganda!

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