“Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado.” (Misericordiae Vultus, 2)

Essa estrada percorre a Rússia, literalmente, “aos trancos e barrancos”. Em Irkutsk, a maior diocese do mundo (8 milhões de quilômetros quadrados), que é dedicada a São José, os sacerdotes viajam por dias a fio para dar assistência aos católicos que vivem espalhados entre o Lago Baikal e Vladivostok, no Oceano Pacífico, entre Yakutia, uma das regiões mais frias do mundo, e Khabarovsk, na fronteira com a China.

Para o bispo Cyryl Klimowicz vale a regra: até mil quilômetros, vamos de carro; acima disso, de trem ou avião. Para os 42 sacerdotes, “limitação” significa a vastidão, essa ilimitada vastidão. Para os fiéis, eles são os portadores e mensageiros da esperança, sinais e testemunhas de que Deus os vê e ama, mesmo nos recantos mais remotos da terra. Nesses lugares remotos, uma visita é como um Natal.

Também os sacerdotes de outras duas dioceses, Novosibirsk e Saratov, têm que superar longas distâncias. Por exemplo, os 50 padres de Novosibirsk percorreram cerca de 630 mil quilômetros em 2013. Essas visitas pastorais, que são necessárias, custam muito dinheiro. A ACN apoiou Irkutsk com 111.800 reais, Novosibirsk com 89.500 e Saratov com 67.100 reais. A última das quatro dioceses da Rússia, Moscou, consegue arcar com os seus custos.

Com 220 reais por mês, um sacerdote destas dioceses russas consegue chegar em média aos quatro mil quilômetros. Ele leva a Eucaristia e as graças dos sacramentos. Ele leva o Senhor. Ele leva “Jesus Cristo, o rosto de misericórdia do Pai”.

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