O pároco de Ars (São João Maria Batista Vianney) tinha grandes problemas com os seus estudos. Aos 17 anos ele mal e mal conseguia ler e escrever, e sem a ajuda de muitos amigos no aprendizado e nos estudos ele não teria conseguido assumir o serviço do altar. Hoje ele é o padroeiro dos sacerdotes.

Ele tinha aquilo que os Padres do Concílio Vaticano II definiram como “sede da verdade no coração”. Uma sede que o impulsionou a indicar a todos os homens “esta amizade íntima com o Mestre divino” e “abrir seus corações ao amor misericordioso do Senhor” (Papa Bento XVI). Muitas igrejas sentem essa sede, têm também jovens vocacionados, mas não têm recursos para fazê-los estudar. Os bispos nos pedem ajuda; precisam dos sacerdotes com boa formação, para saciar a sede da verdade nas dioceses. As bolsas de estudo que vocês dão nivelam o caminho. A maior parte dos que recebem as bolsas terminam os estudos com as melhores notas.

O Padre Salvador Augualada permaneceu na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma até o ano de 2011 e trabalha hoje, na sua pátria filipina, como professor no “Instituto para a Vida Consagrada na Ásia”. Ele introduz mais de 180 estudantes no estudo da Teologia; ele escreveu um livro sobre “São Pedro Calungsod”, o segundo santo das Filipinas, que foi canonizado apenas em outubro passado. “Eu voltei,” escreve ele na sua carta de agradecimento, “com uma compreensão muito mais profunda da missão universal da Igreja.”

Foi semelhante a experiência do Pe. Lewis Mutachila, da diocese de Ndola, na Zâmbia. Graças à ajuda de vocês ele estudou no Camilianum em Roma, o “Instituto Internacional para a Pastoral da Saúde”. Hoje ele vê com outros olhos, mais misericordiosos, os doentes e deficientes. Ele orienta o pessoal da assistência e os religiosos nos hospitais e nas comunidades sobre aspectos bíblicos e morais do início da vida até o fim, sobre nascimento e envelhecimento, morte e esperança. Devido ao seu estudo, pôde elaborar um programa para a Pastoral dos Aidéticos.

O Padre Lewis vive pela sua tarefa e muitos sobrevivem graças à sua atuação. Os bolsistas conhecem os desafios em seus países. Padre Promildon Lobo, da Índia, diz: “Nós precisamos de padres com boa formação para ensinar nos nossos seminários”. E o Padre Williams, de Ehiti, na Nigéria, vê a diversidade das culturas como um problema. Por isso o seu trabalho de conclusão de curso trata também do multi-culturalismo como oportunidade, “para que aprendamos a conviver de modo pacífico”. Mas o Padre Williams sabe, como todos os 400 padres e religiosas da África, Ásia, América Latina e Leste Europeu, que recebem, graças à generosidade de vocês, uma bolsa de estudos e podem estudar em Roma ou em algum outro lugar da Europa Ocidental. Eles “estudam não para si, mas para a Igreja e os homens”. Reconhecem que os benfeitores da AIS “não têm atrás de casa uma árvore que dá dinheiro”, mas que eles mesmos praticam renúncias para ajudar os bolsistas – a fim de que eles, como servidores da Igreja, possam saciar nos homens a sede pela verdade.

Últimas notícias

Deixe um comentário