Padre Pawlowski muitas vezes se ajoelha diante de Nossa Senhora de Kibeho. Então…, como admite depois de alguma hesitação, “eu me confio à sua ternura maternal. Peço-lhe que me ajude a viver aqui ainda mais fielmente a minha vocação, para que Kibeho cresça e Maria possa conduzir muitas pessoas pelo caminho da reconciliação.”

Entre os lugares onde Nossa Senhora apareceu na África, Kibeho, no sul de Ruanda, é o primeiro local oficialmente reconhecido pela Igreja, pela Santa Sé. Zbigniew Pawlowski, padre palotino, é reitor do Santuário. Foi aqui que Nossa Senhora apareceu a três meninas, nos anos de 1981 a 1989. Das videntes, duas ainda vivem: Alphonsine, que vive em um mosteiro na Itália, e Nathalie, que mora no próprio santuário. Marie-Claire foi assassinada nos massacres de 1994 que Maria, entre lágrimas, tinha profetizado. Também em Kibeho alastrou-se a fúria dos assassinos; agora, esse é um lugar de cura para as almas feridas. Hoje em dia os peregrinos já são mais de 600 mil por ano, diz o padre Pawlowski. Eles vêm de muitos países, inclusive da Europa e do continente americano. E o número aumenta cada vez mais. A infraestrutura já é pequena demais para acolher a todos. “Mas todos eles devem poder vir, porque aqui acontecem milagres de reconciliação e conversão.”

Entre alguns grupos de romeiros estão ex-assassinos “que já saíram da prisão, e se encontram ao lado de pessoas que, naquele tempo, apenas conseguiram escapar do horror. Agora estão juntos diante de Nossa Senhora e rezam pela reconciliação”. Diz o padre que “o perdão começa primeiro consigo mesmo. Muitos vêm pedir perdão a Deus por meio de sua Mãe.” Kibeho é uma fonte de graças para uma sociedade traumatizada.

“Nossa Senhora os consola a todos.” Também um bispo do México chegou, para pedir prostrado a ajuda da “Mãe das Dores” por causa da guerra da droga em sua diocese. Pouco tempo depois, o traficante mais importante foi capturado. E assim como em Lourdes, Fátima, Czestochowa ou outros santuários, também ali as curas acontecem repetidamente. Também aumenta a presença de famílias. Muitos casais que não conseguiram ter filhos pedem a graça da fertilidade. Não raramente “nós recebemos depois anúncios de nascimentos”. Nossa Senhora também dissera que a família como instituição haveria de sofrer. Mas que o carisma de Kibeho é “a mensagem da perseverança. A situação do mundo está ruim – disse-nos Maria nesses oito anos por meio das três meninas, e o sofrimento não acabou. Por isso devemos rezar mais.” É isso que ele faz há 12 anos, junto com os outros padres e irmãs palotinos, e eles também convidam um número crescente de peregrinos a fazê-lo.

A Virgem apresentou-se às três meninas como “Nyina wa Jambo” (Mãe do Verbo). Ela disse a Nathalie: “Confie em mim. As pessoas e as coisas passam. Mas você reze, reze muito para que consiga perseverar. “A mensagem vale para todos. O maior desejo do Pe. Pawlowski “é que neste lugar de reconciliação e de perdão, a infraestrutura possa continuar a ser melhorada”. As instalações do santuário devem ser ampliadas, e aumentar o número de acomodações. “A oração precisa de mais espaço” E nisso nós podemos -e vamos – ajudar.

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