Conhecida por sua população prioritariamente católica, cerca de 96% dos 46 milhões de habitantes, sendo que um terço participa regularmente da vida da Igreja, a Colômbia é local de muitas vocações. A cada ano, dezenas de jovens colombianas e colombianos optam por uma vida de serviço a seus semelhantes, seja como religiosa, religioso ou como padre.

Nessa balança, encontra-se sempre a necessidade de novas vocações, afinal, apesar das recentes esperanças de paz que busca o país, a oposição entre as FARC e o governo – um conflito que já dura meio século – continuam a matar e trazer insegurança. Centenas de milhares de pessoas foram mortas durante este tempo, a maioria deles civis. Só na década de 1990 fizeram cerca de 40.000 vítimas.

Em meio a essa situação encontramos, na cidade de Popayán (que quer dizer Cidade Banca), no sudoeste da Colômbia, uma casa destinada a louvar a Deus. Nela, se encontram as Irmãs Clarissas. Hoje vivem na casa 16 irmãs, sendo a mais nova uma postulante de 17 anos e a de vida religiosa mais longa, 74 anos de devoção e 94 de idade. Além delas, outras sete irmãs fundaram, há dois anos, uma segunda casa, em outra região do país.

“Nossa missão é dedicar a vida aos pobres, humildes e crucificados tendo o exemplo de São Francisco e Santa Clara de Assis, que viveram o Evangelho”, explica a irmã Maria Letica do Menino Jesus, priora da casa.

Para a diocese a presença destas irmãs contemplativas é de valor inestimável, com seu testemunho de fé viva em um mundo marcado pela pobreza e violência. A população local, muitas vezes vem para visitar as irmãs e, apesar da pobreza, até mesmo trazer-lhes presentes. Assim, a presença das irmãs torna-se uma troca mútua de amor e caridade e sua comunidade, como o fundador da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) – Padre Werenfried van Straaten – descreveu, “uma potência oculta da missão e da Igreja”. Para o Padre Werenfried foi através dos irmãos e irmãs contemplativas que o “sagrado e espiritual” se tornou visível “em um mundo que está perdendo o sentido do sagrado”.

Uma vida de oração contemplativa diária, por aqueles ao seu redor, em uma região marcada pela pobreza extrema é, por si só, um desafio. Afinal, o sustento de religiosos muitas vezes é, em parte, vindo da comunidade e, se a comunidade não tem dinheiro para seu próprio sustento, não há quase nada para partilhar. Irmã Maria Letica explica que as freiras direcionam seus esforços para sua padaria, o bordado de vestes litúrgicas e a fabricação de velas, além de outros itens simples. Porém não é o suficiente. Por isso, que, humildemente, elas nos pedem apoio financeiro para seu sustento. Há muitos anos que a AIS, por meio de seus benfeitores, colaboram com a Irmãs Clarissas e esperamos que mais uma vez possamos dar a elas o auxílio para viverem na fé.

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