Cada vez mais jovens ingressam na comunidade das «Servas do Plano de Deus», fundada há apenas 14 anos. A «Ajuda à Igreja que Sofre» apoia a formação inicial e permanente de 156 religiosas.

«Milagros de las Mercedes», este é o nome da pequena menina. Nascida prematuramente, os médicos não acreditavam que ela pudesse sobreviver. «O pequeno bebê estava realmente morrendo», narra irmã Elizabeth Sánchez Valdivia. O Bispo em pessoa abençoou e batizou o bebê na incubadora. «De repente, o estado da pequena melhorou de forma incrível», conta emocionada a religiosa. Não era uma data qualquer; era o dia 24 de setembro, festa de «Nossa Senhora das Mercês», uma festa que tem grande importância nos países de língua espanhola. As Servas do Plano de Deus afirmaram unanimemente: «Para nós, esta menina é um presente da Virgem Maria».

«Diariamente experimentamos milagres da graça de Deus», dizem as religiosas. Um deles é que o número de jovens que ingressam na sua comunidade é cada vez maior. Atualmente, a «Ajuda à Igreja que Sofre» apoia na formação de 156 religiosas desta jovem comunidade.

Tudo começou em 1998, no Peru, quando nove moças decidiram dedicar suas vidas ao serviço dos pobres. Hoje, apenas 14 anos depois, sua comunidade não só trabalha em vários países da América Latina, mas também estão presentes nas Filipinas e Angola. Muitas das jovens religiosas são médicas, advogadas, pedagogas ou enfermeiras; têm entre 18 e 44 anos, uma média de idade bastante inferior à de muitas comunidades religiosas.

A equatoriana Veronica Aguilar, de 32 anos, poderia ter aceito uma posição bem remunerada em uma empresa quando terminou a universidade. Entretanto, tomou outra decisão: duas semanas depois dos seus exames finais, mudou-se para o Peru e ingressou na comunidade religiosa das «Servas do Plano de Deus». «Com meu hábito, posso anunciar a Boa Nova a centenas de pessoas e entrar em contato com a vida de diferentes pessoas», afirma Ir. Veronica com um sorriso.

Em todos os lugares onde trabalham, as religiosas estão a serviço dos pobres, dos doentes e dos mais necessitados. Em Lima, por exemplo, dirigem uma escola para crianças com deficiências físicas procedentes de famílias pobres. No Equador, atendem crianças e jovens com deficiência mental. «Em muitos países da América Latina, as pessoas deficientes não recebem ajuda alguma do Estado. Se as famílias são pobres, dificilmente podem atender estas crianças de maneira adequada. Com nosso trabalho, desejamos também mudar a postura das pessoas em relação aos deficientes: eles precisam de carinho e da sensação de que são queridos. Assim eles desenvolvem muito mais talentos», afirmam as religiosas.

As crianças sob os cuidados das «Servas do Plano de Deus» vem de famílias muito pobres, por isso, sofreriam de desnutrição se não recebessem alimento na escola mantida pela comunidade.

«Em casa só teriam algumas colheradas de sopa de macarrão; mas esse alimento não contém nem vitaminas, nem proteínas», afirma irmã Elizabeth. Muitas mães têm problemas com drogas ou consumiram álcool durante a gravidez e, por isso, algumas das crianças nasceram portadoras de deficiências. As religiosas tentam ajudá-las de todas as formas possíveis.

“Algumas crianças deficientes fizeram recentemente a Primeira Comunhão. Ana Maria, uma criança cadeirante, disse-nos: ‘Este foi o dia mais feliz de minha vida'”, comentou a irmã Elizabeth.

«As crianças da nossa escola são muito sensíveis a Deus e se sentem muito felizes quando rezam e cantam. Também as crianças com deficiências mentais do nosso centro no Equador entendem perfeitamente que Jesus vem até eles».

O fato de que algum sacerdote duvide antes de permitir que as crianças deficientes façam a Primeira Comunhão é algo que as religiosas não entendem: «nossas experiências com essas crianças são muito boas. Seu comportamento é muito respeitoso e entendem profundamente o que é a comunhão. Isto é o mais importante!».

As religiosas não só cuidam das crianças, mas também dos seus pais. «A mãe de Gensi, que também fez a Primeira Comunhão este ano, foi abandonada por seu marido e caiu em uma profunda depressão. Foi um tempo muito difícil para elas, mas isso as aproximou de Deus», partilhou irmã Elizabeth.

Este ano, as «Servas do Plano de Deus» celebram o 14º aniversário de sua fundação; neste breve período proporcionaram consolo, ajuda e assistência a inumeráveis doentes e pessoas necessitadas. A sua própria história é também um milagre da graça de Deus.

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