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Nigéria: Através da Cruz para a Glória de Deus

13 de março de 2012

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Dia de Natal de 2011. A igreja em Madalla, perto da capital nigeriana, está completamente cheia de fiéis. Há um ambiente festivo no ar, todos vestem as melhores roupas, as crianças sorriem.

Todos escutam a homilia do padre no preciso instante em que uma violenta explosão faz tremer todo o edifício. Há gritos, corpos ensanguentados, pessoas que tentam fugir em pânico. As autoridades acorrem ao local e procuram, impotentes, ajudar aquela multidão de feridos. São centenas. Não há ambulâncias que cheguem para acudir a todos. Vêm-se pessoas a chorar junto de familiares mortos. Pais, filhos, amigos. As autoridades contabilizam mais de quatro dezenas de mortes. “Eles nem respeitam o Natal”, diz uma mulher, recordando que, no Natal de 2010, há um ano atrás, outro atentado deixou também um rasto de sangue na cidade de Jos.

Janeiro de 2012. Poucos dias depois, uma série de atentados no estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria, provoca pelo menos trinta mortos. Todos cristãos.

Nos últimos tempos, notícias de atentados violentos têm trazido a Nigéria para a primeira página dos jornais. E um nome aparece associado a essa violência: O grupo islâmico fundamentalista Boko Haram, que significa “Educação não islâmica é Pecado”.

O objetivo do grupo é instaurar a sharia, a lei islâmica, na maior parte do território do país. A violência atingiu uma magnitude que já se fala até na eclosão de numa guerra civil.

A diocese Jos é uma das que tem recebido o apoio dos benfeitores da Fundação AIS nos últimos anos. Ajudar os cristãos da Nigéria, é o mínimo que se pode fazer quando se conhece o martírio por que têm passado. “O meu trabalho pastoral está cheio de desafios – diz-nos o Arcebispo de Jos, Dom Ignatius Kaigama -. Quando saio a campo, vejo que há gente que sofre. Gente faminta, doente, privada de necessidades básicas. Vejo as pessoas que sofrem injustiça. Quero me identificar com eles e é como pastor que saio para estar com eles. Bebo da sua água suja. Como a sua comida para compartilhar a sua agonia e as suasdores, e creio que há uma recompensa para tudo isso”.

As palavras de Dom Ignatius são, de alguma forma, as palavras de todos os cristãos da Nigéria. Povo sofredor, vítima da violência dos que pretendem impor a “sharia” à força das armas. “Quando sofremos por Cristo – acrescenta o Arcebispo –, acredito que há uma grande recompensa esperando por nós, e não deveríamos olhar o sofrimento como uma condenação de Deus, mas como um desafio e um caminho para a glória”.

Os bispos têm saudado a Fundação AIS num momento crucial na luta contra o terrorismo. Em resposta aos desafios que os cristãos enfrentam na região, temos ajudado esta sofredora região de África com aulas de alfabetização, na perfuração de poços de águas, cuidados básicos de saúde e educação para as tribos da região. “Sem a ajuda da AIS estas missões não poderiam sobreviver”, afirmam os bispos.

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Dia de Natal de 2011. A igreja em Madalla, perto da capital nigeriana, está completamente cheia de fiéis. Há um ambiente festivo no ar, todos vestem as melhores roupas, as crianças sorriem.

Todos escutam a homilia do padre no preciso instante em que uma violenta explosão faz tremer todo o edifício. Há gritos, corpos ensanguentados, pessoas que tentam fugir em pânico. As autoridades acorrem ao local e procuram, impotentes, ajudar aquela multidão de feridos. São centenas. Não há ambulâncias que cheguem para acudir a todos. Vêm-se pessoas a chorar junto de familiares mortos. Pais, filhos, amigos. As autoridades contabilizam mais de quatro dezenas de mortes. “Eles nem respeitam o Natal”, diz uma mulher, recordando que, no Natal de 2010, há um ano atrás, outro atentado deixou também um rasto de sangue na cidade de Jos.

Janeiro de 2012. Poucos dias depois, uma série de atentados no estado de Adamawa, no nordeste da Nigéria, provoca pelo menos trinta mortos. Todos cristãos.

Nos últimos tempos, notícias de atentados violentos têm trazido a Nigéria para a primeira página dos jornais. E um nome aparece associado a essa violência: O grupo islâmico fundamentalista Boko Haram, que significa “Educação não islâmica é Pecado”.

O objetivo do grupo é instaurar a sharia, a lei islâmica, na maior parte do território do país. A violência atingiu uma magnitude que já se fala até na eclosão de numa guerra civil.

A diocese Jos é uma das que tem recebido o apoio dos benfeitores da Fundação AIS nos últimos anos. Ajudar os cristãos da Nigéria, é o mínimo que se pode fazer quando se conhece o martírio por que têm passado. “O meu trabalho pastoral está cheio de desafios – diz-nos o Arcebispo de Jos, Dom Ignatius Kaigama -. Quando saio a campo, vejo que há gente que sofre. Gente faminta, doente, privada de necessidades básicas. Vejo as pessoas que sofrem injustiça. Quero me identificar com eles e é como pastor que saio para estar com eles. Bebo da sua água suja. Como a sua comida para compartilhar a sua agonia e as suasdores, e creio que há uma recompensa para tudo isso”.

As palavras de Dom Ignatius são, de alguma forma, as palavras de todos os cristãos da Nigéria. Povo sofredor, vítima da violência dos que pretendem impor a “sharia” à força das armas. “Quando sofremos por Cristo – acrescenta o Arcebispo –, acredito que há uma grande recompensa esperando por nós, e não deveríamos olhar o sofrimento como uma condenação de Deus, mas como um desafio e um caminho para a glória”.

Os bispos têm saudado a Fundação AIS num momento crucial na luta contra o terrorismo. Em resposta aos desafios que os cristãos enfrentam na região, temos ajudado esta sofredora região de África com aulas de alfabetização, na perfuração de poços de águas, cuidados básicos de saúde e educação para as tribos da região. “Sem a ajuda da AIS estas missões não poderiam sobreviver”, afirmam os bispos.

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2 Comentários

  1. Rogerio correa 31 de março de 2012 at 23:55 - Responder

    Sou benfeitor da ais,além da ajuda financeira,oro pelos nossos irmaos da africa que sofrem com a perseguição religiosa até o martírio por todo o povo e missionarios que se encontram neste campo de batalha religiosa,convido irmaos em Cristo a orarem e a fazer parte da familia ais que promove o resgate da dignidade humana e cristã.Amem.

  2. elizabeth tomie nascimento 29 de março de 2012 at 20:54 - Responder

    PAZ E BEM…COMO CRISTÃ, REZO PELA ÁFRICA,UM CONTINENTE CHEIO DE GUERRAS E INJUSTIÇAS,ONDE O MAIS FORTE PREVALECE…É TÃO TRISTE SABER QUE HÁ RELIGIÃO OU SEITAS QUE MATAM EM NOME DE UM DEUS.

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