Zanzibar é constituído essencialmente por duas ilhas principais, Unguja und Pemba, na costa leste africana, que faz parte da Tanzânia desde 1964. Em janeiro deste ano se comemorou 150 anos da presença católica em Zanzibar, fruto da congregação dos Espiritanos, que foram calorosamente recebidos pelo Sultão Sayyid Majid bin Said, primeiro sultão de Zanzibar, que lhes disse: “Vocês são bem-vindos. Minha casa é a sua casa, meu povo é o seu povo, eu sou seu irmão”.

Graças a essa recepção que hoje os católicos chegam a 13.600 – cerca de 1% da população total – e que asiniciativas de caridade da Igreja Católica estão abertas a todos, muçulmanos e cristãos.

Nos últimos anos, no entanto, têm sido crescentes os problemas com grupos islâmicos extremistas. Dom Agostinho Shao, Bispo da Diocese de Zanzibar, e membro da congregação dos Espiritanos, está preocupado com a segurança de seus sacerdotes depois de uma sucessão de quatro ataques, sendo um deles com ácido, que deixou um dos sacerdotes severamente queimado no rosto, peito e braços. Dom Agostinho comentou que “este quarto incidente realmente despertou temores em mim, nos sacerdotes, nos religiosos e até nos fiéis. Estamos vivendo como criminosos caçados agora. É ainda mais triste pois nenhum dos agressores foi preso pela polícia, apesar de um dos ataques ter acontecido em plena luz do dia, em um mercado lotado.”

O enfrentamento à violência trouxe às pessoas, no entanto, mais força em sua fé e muitos outros decidiram viver conscientemente no espírito da Boa Nova de Cristo e receber os sacramentos com maior devoção. Este ano – ano de Jubileu para a Igreja em Zanzibar – é uma oportunidade especial para eles celebrarem e fortalecerem sua fé. Como resultado, todas as nove paróquias da diocese têm estado repletas e seus padres se esforçam para acolher os fiéis enquanto buscam “contribuir para uma convivência harmoniosa entre cristãos e muçulmanos.”

É para apoiar seus sacerdotes que Dom Agostinho procurou a Ajuda à Igreja que Sofre. Ele sabe que os padres compartilham todas as contribuições com os fiéis, vivendo a fraternidade entre si, mas também sabe que todos vivem com apenas o suficiente para sobreviver. A AIS, graças a seus benfeitores, pode dizer sim a este apelo.

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