Cada pessoa é um desejo eterno de Deus que se tornou vida através do amor dos pais. Nascemos do amor de nossos pais, mas antes Deus já nos amava. O amor dá sentido, e a falta dele leva-nos à frustração. Num mundo que de tantas formas marginaliza e descarta a vida é decisivo nos sentirmos amados e queridos por Deus.

A vida é um dom, uma dádiva, um presente, uma graça de Deus dada à humanidade. Portanto, ninguém é dono de ninguém. Ninguém tem o direito de manipular a vida do outro. Deus é o único dono absoluto da vida. Nesse sentido cabe a todos, particularmente a nós cristãos, o dever de defendermos e de protegermos a vida de todas as pessoas, de modo especial a vida dos mais indefesos.

Somos todos,por natureza, dotados do mesmo valor e da mesma dignidade humana, não importa a idade, o estado de saúde, cor, religião ou situação social. A vida é e sempre será o bem maior e o valor supremo a ser defendido e protegido. Cristo foi enviado ao mundo, viveu nossa vida e morreu na cruz por amor a nós. Conclui-se, então, que toda pessoa, sem nenhuma exceção, possui um valor tão grande a Deus que Ele não poupou o seu único Filho amado, Jesus, para nos salvar.

A Igreja sempre ensinou e ensina que toda vida humana é sagrada. Negar esta verdade é deixarmos de ser cristãos. Nada justifica privar a vida de alguém a não ser em legítima defesa.

O sentido maior da nossa esperança e da nossa fé cristã, como do próprio dinamismo interno da verdadeira evangelização, se situa no valor dado à vida humana, compreendida como o bem supremo. Sem este horizonte o amor e a luta pela justiça perdem o foco principal.

Neste mês vocacional a Igreja nos convida a refletirmos sobre o valor que damos à nossa própria vida, à vida daqueles que nos cercam e convivemos, como nos convida a renovarmos a nossa opção pela defesa da vida de todos, particularmente dos que se encontram desprotegidos e excluídos do direito a uma vida justa e digna.

Jesus com sua encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição transformou o cotidiano de nossa vida no caminho de nossa santificação e salvação. Entretanto, nada nos aproxima mais de Cristo do que a prática do amor, a Deus e aos irmãos. O amor aos que mais precisam dentro e fora de casa é o melhor passaporte para a eternidade.

Que o Deus Família, na Pessoa do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em sua infinita bondade e misericórdia nos faça sempre mais compreender de que não existe vida feliz sem um compromisso sério de amor para com todos, particularmente com aqueles que mais precisam.

Padre Evaristo Debiasi
Assistente Eclesiástico Nacional

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Um comentário

  1. EVANDER JUNIO CHAGAS DOS SANTOS 21 de outubro de 2015 at 19:29 - Responder

    Cada pessoa é um desejo eterno de Deus que se tornou vida através do amor dos pais. Nascemos do amor de nossos pais, mas antes Deus já nos amava. O amor dá sentido, e a falta dele leva-nos à frustração. Num mundo que de tantas formas marginaliza e descarta a vida é decisivo nos sentirmos amados e queridos por Deus.

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