Cristo ressuscitado é o fundamento da esperança cristã, a razão de ser de nossa fé e a fonte do amor entre irmãos. Somos chamados a viver no dia a dia a vida nova que brota da Páscoa do Senhor.

Nós os cristãos sabemos pela revelação e pelos ensinamentos da Igreja que a nossa única esperança se chama Jesus. Sem Jesus as aspirações de nosso coração humano não passam de um sonho vazio e a nossa vida terrena se encontra com a realidade da morte como fim de tudo.

Jesus com sua vida, paixão, morte na cruz e principalmente com sua ressurreição dá o sentido maior para a nossa vida e nos abre os horizontes da fé na vida futura, a eternidade. Se com Ele, por Ele e para Ele vivemos no amor ao Pai e aos irmãos, com Ele haveremos de ressuscitar para a vida eterna.

Sim. Cristo é o fundamento de toda a nossa razão de ser, de viver e de existir. Ele é a luz e o sentido maior para nossa vida presente e a certeza de nossa esperança na vida futura e definitiva, a vida em plenitude na casa do Pai, a eternidade.

Mas, se o amor maior de Deus Pai pela humanidade foi nos doar o seu próprio e único Filho amado, Jesus, para nos salvar, resta-nos uma resposta a dar. O que podemos e devemos fazer para retribuir o infinito amor da parte de Deus Pai em Jesus por nós, pela humanidade?

Nossa gratidão passa também pelo amor aos irmãos, pela generosidade, amor e solidariedade. É no amor de compromisso com os que mais sofrem que Deus quer ser reconhecido, assumido e amado. O apóstolo Pedro nos recorda que devemos viver bem o amor entre irmãos, pois fomos resgatados de uma vida de pecados pelo alto preço do sangue de Jesus Cristo. “Vocês sabem que não foram resgatados com coisas perecíveis, como prata ou outro… Vocês foram resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como o de um cordeiro sem defeito e sem mancha” 1Pd 1,18-19.

A história nos relata que os primeiros cristãos foram reconhecidos como cristãos em Antioquia através do testemunho de vida que davam da Pessoa de Jesus no amor entre irmãos. Os Atos dos Apóstolos nos descrevem com detalhes o testemunho de sua vida como seguidores de Jesus. “Eram perseverantes na acolhida dos ensinamentos dos apóstolos, na vida de comunhão fraterna, na partilha do pão e na vida de oração”.. e não havia entre eles nenhum necessitado pois os que possuíam bens o repartiam com os que precisam”, At 2,42s.

Resta-nos um questionamento. Como hoje somos vistos e reconhecidos na convivência entre irmãos? Nosso querido Papa São João Paulo II, na mudança do milênio, nos dizia. “Se quisermos falar de Jesus e sermos reconhecidos como cristãos em nossos dias precisamos antes de tudo dar um espetáculo vivo de amor e de compromisso com os que mais sofrem pelo mundo”.

Sim. É no dia a dia de nossa vida, onde nos encontramos e vivemos que deve acontecer o tempo da missão, do amor a Deus e do amor aos irmãos. Celebraremos a verdadeira Páscoa de Jesus no momento em que por nossa vida e com nossa vida prolongarmos a vida de Jesus no amor ao Pai e no amor de serviço aos irmãos que precisam de nossa compaixão e de nossa solidariedade pelo mundo. Que o Ressuscitado se torne Páscoa viva em nós e entre nós.

Padre Evaristo Debiasi
Assistente Eclesiástico Nacional

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