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Editorial: Defesa de Deus, defesa do homem

16 de agosto de 2018

Nos últimos anos temos escrito frequentemente sobre a Igreja perseguida no Iraque e na Síria. Sim, é lá que o sofrimento é maior; trata-se literalmente de questão de vida ou morte –  portanto, da sobrevivência do cristianismo nesses países. Também é grande o sofrimento na Índia, no Paquistão, na América Latina, na África, na China.

A necessidade material dos cristãos em todas essas regiões do mundo muitas vezes impede que o Evangelho seja anunciado às pessoas, impedindo-as de reconhecer a sua dignidade e vocação. Os pobres, em particular, quando negligenciados, ficam “duplamente expostos ao abandono e a todo o tipo de perigo para a sua integridade”, diz o Papa Francisco. Aliviar esta necessidade da Igreja e possibilitar a vivência da fé é a nossa tarefa.

Mas também há desgraças nos países ricos. A perda da fé e do relacionamento com Deus está corroendo sua base espiritual e cultural. O infortúnio e as guerras sempre têm a ver com desordens espirituais. Afinal, quando se rejeita a re-ligação (religião) com Deus, os princípios básicos de nossas vidas tornam-se confusos e se evaporam.

A mentalidade que destrói a dignidade do homem

Quando o homem rejeita os preceitos de Deus e se define a si próprio, fica fechado em si mesmo. Os grandes debates sobre a proteção da vida, o casamento e a família têm a ver basicamente com essa abertura para Deus. Nesse caso geralmente não se trata de necessidade material, mas espiritual. Aqui, cada um de nós é desafiado com seu testemunho e posicionamento em relação à natureza do homem, em relação ao plano de Deus para o homem.

Ideologia de gênero, aborto, “casamento para todos”, eutanásia, barriga de aluguel são manipulações da natureza. Manipulações das quais tanto nos queixamos hoje em dia quando se trata de meio ambiente. Essa mentalidade destrói a dignidade do homem. Afinal, esse é o núcleo da cultura da morte. O aborto é “o maior destruidor da paz”, disse Madre Teresa. No entanto, a educação para a paz começa na família. Nos próximos dias, dezenas de milhares de famílias se reunirão no Encontro Mundial das Famílias, na Irlanda, para testemunhar “O Evangelho da Família”.

A ACN deseja que essa Boa Nova chegue a todas as famílias do mundo; por isso é que apoiamos centenas de projetos de apoio à família em todo o mundo. A civilização do amor precisa do nosso compromisso, no Iraque, na Síria, no mundo inteiro; inclusive nos países considerados ricos. Portanto, é uma questão e sobrevivência. Se não protegermos e apoiarmos crianças, jovens, casais e famílias, as desgraças arrancarão os fundamentos.

Quem defende Deus defende o homem!

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

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Nos últimos anos temos escrito frequentemente sobre a Igreja perseguida no Iraque e na Síria. Sim, é lá que o sofrimento é maior; trata-se literalmente de questão de vida ou morte –  portanto, da sobrevivência do cristianismo nesses países. Também é grande o sofrimento na Índia, no Paquistão, na América Latina, na África, na China.

A necessidade material dos cristãos em todas essas regiões do mundo muitas vezes impede que o Evangelho seja anunciado às pessoas, impedindo-as de reconhecer a sua dignidade e vocação. Os pobres, em particular, quando negligenciados, ficam “duplamente expostos ao abandono e a todo o tipo de perigo para a sua integridade”, diz o Papa Francisco. Aliviar esta necessidade da Igreja e possibilitar a vivência da fé é a nossa tarefa.

Mas também há desgraças nos países ricos. A perda da fé e do relacionamento com Deus está corroendo sua base espiritual e cultural. O infortúnio e as guerras sempre têm a ver com desordens espirituais. Afinal, quando se rejeita a re-ligação (religião) com Deus, os princípios básicos de nossas vidas tornam-se confusos e se evaporam.

A mentalidade que destrói a dignidade do homem

Quando o homem rejeita os preceitos de Deus e se define a si próprio, fica fechado em si mesmo. Os grandes debates sobre a proteção da vida, o casamento e a família têm a ver basicamente com essa abertura para Deus. Nesse caso geralmente não se trata de necessidade material, mas espiritual. Aqui, cada um de nós é desafiado com seu testemunho e posicionamento em relação à natureza do homem, em relação ao plano de Deus para o homem.

Ideologia de gênero, aborto, “casamento para todos”, eutanásia, barriga de aluguel são manipulações da natureza. Manipulações das quais tanto nos queixamos hoje em dia quando se trata de meio ambiente. Essa mentalidade destrói a dignidade do homem. Afinal, esse é o núcleo da cultura da morte. O aborto é “o maior destruidor da paz”, disse Madre Teresa. No entanto, a educação para a paz começa na família. Nos próximos dias, dezenas de milhares de famílias se reunirão no Encontro Mundial das Famílias, na Irlanda, para testemunhar “O Evangelho da Família”.

A ACN deseja que essa Boa Nova chegue a todas as famílias do mundo; por isso é que apoiamos centenas de projetos de apoio à família em todo o mundo. A civilização do amor precisa do nosso compromisso, no Iraque, na Síria, no mundo inteiro; inclusive nos países considerados ricos. Portanto, é uma questão e sobrevivência. Se não protegermos e apoiarmos crianças, jovens, casais e famílias, as desgraças arrancarão os fundamentos.

Quem defende Deus defende o homem!

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

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