Poucos dias após Malala (ativista paquistanesa) ter recebido o prêmio Nobel da Paz, um violento ataque dos talibãs contra uma escola em Peshawar, Paquistão, causa a morte de 141 pessoas – número da última contagem – e deixa dezenas de feridos, alguns em estado muito grave.

Malala Yousafzai, recorde-se, foi baleada na cabeça por insistir em ir à escola e em defender que também as mulheres precisam de educação. Sobreviveu contra todas as expectativas e hoje é um símbolo na luta pelos direitos iguais e contra a violência as mulheres na sociedade paquistanesa.

Ontem de manhã, um grupo terrorista islamita voltou a demonstrar a sua força ao realizar um ataque contra uma escola militar em Peshawar, num momento em que estariam cerca de 500 alunos no estabelecimento de ensino.

No ataque que foi reivindicado pelo Movimento Taliban do Paquistão (TTP), considerado o principal grupo rebelde islamita do país, houve relatos de que os terroristas entraram nas salas de aula, “uma a uma”, para atirar. O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, considerou este massacre como uma “tragédia nacional”.

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), organismo de Direitos Humanos da Igreja Católica, declarou que condena veementemente o trágico e bárbaro ataque à escola: “Nós lamentamos e estamos com as famílias das crianças afetadas e mortas neste ato covarde.”

O Diretor Nacional, padre Emmanuel Yousaf Mani, e o Diretor Executivo, Cecil Shane Chaudhry, disseram em um comunicado conjunto que os terroristas mataram mais de 140 crianças inocentes, professores e funcionários de uma das maneiras mais horríveis e desumanas. “Estamos correndo com as demandas por direitos humanos e agora pleiteando aos governos, todos os partidos políticos, líderes religiosos, organizações da sociedade civil e do judiciário para anularem todas as suas diferenças pessoais e políticas e unirem as mãos para por fim coletivamente a esta ameaça de terrorismo. O governo tanto federal como provincial, juntamente às agências de inteligência devem tomar sérias e eficazes medidas para impedir tal atrocidade e também devem pedir para aumentar a segurança e garantir a segurança de todas as crianças e os cidadãos do Paquistão.”

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