“Estamos unidos em defesa dos cristãos”. É a conclusão de líderes católicos e ortodoxos na recente conferência “Liberdade Religiosa: o problema da discriminação e da perseguição contra os cristãos”, promovida pelo Patriarcado de Moscou e encerrada com um apelo conjunto para combater o ódio contra os cristãos.


Na conferência de dois dias, que terminou na capital russa com um discurso do Patriarca Cirilo, participaram o núncio papal e vários líderes das Igrejas Orientais, junto com especialistas no diálogo inter-religioso.

O sucesso do evento foi celebrado por Peter Humeniuk, especialista russo da associação Ajuda à Igreja que Sofre, que contribuiu para o financiamento da conferência, que disse: “Estamos todos no mesmo barco. Em tempos de perseguição, a nossa solidariedade é necessária”.

Humeniuk prosseguiu: “Nós, cristãos de diferentes denominações, somos inseparavelmente ligados, em tempos bons ou ruins. Os cristãos são hoje o grupo mais perseguido no mundo“. Ainda segundo Humeniuk, é preciso encontrar maneiras de levantar a voz dos cristãos no espaço internacional e trabalhar em conjunto para combater esse problema. “Iniciativas conjuntas são urgentes neste momento, dada a dramática situação. A conferência de Moscou é um passo importante nestes sentido”.

A conferência acontece após a publicação de relatórios da Comissão Episcopal da Comunidade Europeia (COMECE), que mostra que pelo menos 75% de toda a perseguição hoje é feita contra os cristãos.

Também participaram do evento em Moscou Dom Ivan Jurkovitch, Núncio Apostólico na Federação Russa; o arcebispo Erwin Josef Ender, do Vaticano, e o arcebispo da diocese da Mãe de Deus em Moscou, Dom Paolo Pezzi, bem como representantes de outras religiões, incluindo Farid Salman, grande mufti da Rússia, e Pinchas Goldschmidt, presidente da Conferência dos Rabinos Europeus.

Durante a conferência sobre a liberdade religiosa, o Pe. Andrzej Halemba, especialista nos assuntos do Oriente Médio para a Ajuda à Igreja que Sofre, descreveu os problemas dos cristãos na região, especialmente após a chamada “primavera árabe”, confirmando o compromisso de ajudar os cristãos a permanecerem na sua terra natal sempre que possível.

O Pe. Halemba enfatizou a importância da educação. “Os cristãos não devem ser menos educado do que o resto da sociedade; devem ser mais”, disse ele, ressaltando que as escolas católicas estão abertas tanto para muçulmanos quanto para cristãos, e que elas promovem a compreensão e o respeito mútuo.

Segundo o especialista da Ajuda à Igreja que Sofre, é preciso ajudar também os cristãos que, para escapar da perseguição, procuraram refúgio no exterior. “A Ajuda à Igreja que Sofre sempre foi a voz daqueles que não têm voz em público”, finalizou.

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2 Comentários

  1. Valerio Aguiar 1 de janeiro de 2012 at 23:01 - Responder

    Atualmente o ‘Coliseu’ é outro. Os anfiteatros modernos nos expõem ao sofrimento e ao martírio. Recrudesce a perseguição aos cristão de hoje, como sempre fora desde o princípio. Como a VERDADE é perene, perpétua será a perseguição pro causa desta VERDADE. Que venham os leões!!

  2. elizabeth tomie nascimento 26 de dezembro de 2011 at 20:29 - Responder

    PAZ E BEM..ENQUANTO NÓS CATÓLICOS SOMOS CRÍTICADOS POR OUTRAS RELIGIÕES, DEVEMOS NOS UNIR TAMBÉM E REZAR POR AQUELES QUE SÃO PERSEGUIDOS E MORTOS EM OUTROS PAÍSES QUE NÃO CONHECE ‘JESUS CRISTO’, E AGRADECER A DEUS POR MORAR NUM PAÍS QUE VOCE É LIVRE PARA ESCOLHER A SUA RELIGIÃO. AMEM

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