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Jovem católico reza pela paz e segurança no Paquistão

8 de agosto de 2018

“Eu não estou seguro no Paquistão” , disse Robin Mahanga – jovem cristão que vive Karachi.

Robin Mahanga é um aluno católico de 16 anos de idade, estuda no Colégio São Paulo, em Karachi, Paquistão. Como os jovens de sua idade em todo o mundo, ele adora ouvir música e ler livros com histórias interessantes. Mas Robin vive em um país onde os cristãos são minoria e cujos membros são tratados como cidadãos de segunda classe; vulneráveis à violência nas mãos de extremistas islâmicos, muitos fiéis como Robin, vivem em estado de insegurança permanente; embora junto com sua irmã e seus pais, more em um bairro de Karachi – distrito que abriga os limpadores cristãos da Guarda Costeira Indiana – onde os cristãos estão seguros. A instituição dá proteção aos trabalhadores que vivem em aposentos de empregados dos oficiais. Ainda assim, Robin sabe que não está totalmente seguro.

Lei da Blasfêmia

“Eu não estou seguro no Paquistão por conta do terrorismo; além disso, há o roubo de celulares à mão armada. Ademais, existe a lei da blasfêmia. Conheço duas pessoas que foram acusadas de acordo com a lei: uma delas é o Raja, colega que já foi meu vizinho. Ele era um estudante universitário e seus colegas fizeram falsas alegações; disseram que ele desonrou o livro sagrado do Islã e falou bobagens sobre isso; teve que parar de frequentar a faculdade para evitar consequências terríveis. Hoje ele trabalha em uma fábrica e não tem mais um futuro brilhante.”

“A segunda pessoa é Noman, aluno do 8º ano, cujos colegas fizeram falsas alegações de que estava dizendo coisas tolas sobre o Islã. Seus professores e seu diretor o expulsaram da escola.”

Medo constante

“Estou sempre com medo de me tornar uma vítima da lei da blasfêmia ou de minha família sofrer por conta disso. Eu não quero ficar no Paquistão – como cristãos, não somos respeitados pelos muçulmanos, que nos discriminam, nos referindo com termos como bhangies ou choarhy, que significa que os cristãos são pessoas cujo único trabalho é limpar sarjetas. Somos considerados os membros mais baixos da sociedade, pessoas com as quais os muçulmanos não podem comer ou beber. Os livros escolares também pintam um quadro terrível dos cristãos.

“Eu quero ajudar meu país a se tornar mais pacífico. Eu continuo esperando por mudança, mas sempre temo que quem fala de paz e harmonia acabe sendo assassinado neste país. O resto do mundo só vê os paquistaneses como terroristas. Todos nós precisamos nos unir para tornar nosso país mais seguro e pacífico. Eu gostaria que os cristãos pudessem ter uma educação melhor, para que possam obter empregos respeitáveis e ter um futuro brilhante. Eu quero me tornar um bancário. Quero que nossas escolas sejam equipadas com tecnologia moderna, quero que nossos agricultores tenham acesso a máquinas modernas para economizar tempo e trabalho, para que suas vidas sejam melhores”.

Esperança

“Minha mensagem para os cristãos no Ocidente é a seguinte: eu gostaria que eles nos ajudassem a viver uma vida mais segura, livre e pacífica no Paquistão, a fim de que tivéssemos chances iguais de aprender sobre a tecnologia moderna. Quero pedir aos líderes mundiais que tornem este mundo mais pacífico e belo – porque Deus fez este mundo belo e deseja que todas as pessoas tenham uma vida bela e pacífica. Que não haja mais guerras!”

“Apesar de tudo, sempre tenho esperança e fé em Deus. Meus momentos mais alegres são os que passo um tempo com minha irmã – ela é minha felicidade! E eu mantenho um rosário sempre comigo, e quando estou com medo ou com dor, eu sempre rezo: ‘Pai nosso, que estais nos céus’ ”.

Em 2017, a Fundação Pontifícia ACN apoiou os cristãos no Paquistão, financiando a construção de igrejas, reitorias, casas para catequistas, bem como a formação de leigos, irmãs e seminaristas. Além disso, auxiliou os cristãos que sofreram violência, sobretudo os acusados pela lei da blasfêmia.

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“Eu não estou seguro no Paquistão” , disse Robin Mahanga – jovem cristão que vive Karachi.

Robin Mahanga é um aluno católico de 16 anos de idade, estuda no Colégio São Paulo, em Karachi, Paquistão. Como os jovens de sua idade em todo o mundo, ele adora ouvir música e ler livros com histórias interessantes. Mas Robin vive em um país onde os cristãos são minoria e cujos membros são tratados como cidadãos de segunda classe; vulneráveis à violência nas mãos de extremistas islâmicos, muitos fiéis como Robin, vivem em estado de insegurança permanente; embora junto com sua irmã e seus pais, more em um bairro de Karachi – distrito que abriga os limpadores cristãos da Guarda Costeira Indiana – onde os cristãos estão seguros. A instituição dá proteção aos trabalhadores que vivem em aposentos de empregados dos oficiais. Ainda assim, Robin sabe que não está totalmente seguro.

Lei da Blasfêmia

“Eu não estou seguro no Paquistão por conta do terrorismo; além disso, há o roubo de celulares à mão armada. Ademais, existe a lei da blasfêmia. Conheço duas pessoas que foram acusadas de acordo com a lei: uma delas é o Raja, colega que já foi meu vizinho. Ele era um estudante universitário e seus colegas fizeram falsas alegações; disseram que ele desonrou o livro sagrado do Islã e falou bobagens sobre isso; teve que parar de frequentar a faculdade para evitar consequências terríveis. Hoje ele trabalha em uma fábrica e não tem mais um futuro brilhante.”

“A segunda pessoa é Noman, aluno do 8º ano, cujos colegas fizeram falsas alegações de que estava dizendo coisas tolas sobre o Islã. Seus professores e seu diretor o expulsaram da escola.”

Medo constante

“Estou sempre com medo de me tornar uma vítima da lei da blasfêmia ou de minha família sofrer por conta disso. Eu não quero ficar no Paquistão – como cristãos, não somos respeitados pelos muçulmanos, que nos discriminam, nos referindo com termos como bhangies ou choarhy, que significa que os cristãos são pessoas cujo único trabalho é limpar sarjetas. Somos considerados os membros mais baixos da sociedade, pessoas com as quais os muçulmanos não podem comer ou beber. Os livros escolares também pintam um quadro terrível dos cristãos.

“Eu quero ajudar meu país a se tornar mais pacífico. Eu continuo esperando por mudança, mas sempre temo que quem fala de paz e harmonia acabe sendo assassinado neste país. O resto do mundo só vê os paquistaneses como terroristas. Todos nós precisamos nos unir para tornar nosso país mais seguro e pacífico. Eu gostaria que os cristãos pudessem ter uma educação melhor, para que possam obter empregos respeitáveis e ter um futuro brilhante. Eu quero me tornar um bancário. Quero que nossas escolas sejam equipadas com tecnologia moderna, quero que nossos agricultores tenham acesso a máquinas modernas para economizar tempo e trabalho, para que suas vidas sejam melhores”.

Esperança

“Minha mensagem para os cristãos no Ocidente é a seguinte: eu gostaria que eles nos ajudassem a viver uma vida mais segura, livre e pacífica no Paquistão, a fim de que tivéssemos chances iguais de aprender sobre a tecnologia moderna. Quero pedir aos líderes mundiais que tornem este mundo mais pacífico e belo – porque Deus fez este mundo belo e deseja que todas as pessoas tenham uma vida bela e pacífica. Que não haja mais guerras!”

“Apesar de tudo, sempre tenho esperança e fé em Deus. Meus momentos mais alegres são os que passo um tempo com minha irmã – ela é minha felicidade! E eu mantenho um rosário sempre comigo, e quando estou com medo ou com dor, eu sempre rezo: ‘Pai nosso, que estais nos céus’ ”.

Em 2017, a Fundação Pontifícia ACN apoiou os cristãos no Paquistão, financiando a construção de igrejas, reitorias, casas para catequistas, bem como a formação de leigos, irmãs e seminaristas. Além disso, auxiliou os cristãos que sofreram violência, sobretudo os acusados pela lei da blasfêmia.

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