Neste ano de 2017, a ACN – Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre – está celebrando 70 anos de existência e 50 de consagração da obra de caridade à Nossa Senhora de Fátima, no ano do centenário das aparições.

Desde o seu início, esta obra de caridade tem sido um milagre, explicou o presidente executivo internacional da ACN, Johannes Heereman: “Ela deu para um número incontável de pessoas a força para perdoar e mostrar uma generosidade incondicional. Ela ajudou as pessoas a crerem em Jesus Cristo e a terem uma convicção inabalável que o Evangelho contém a verdade. Atualmente, a obra de caridade continua a prestar testemunho do Deus vivo ao fazer com que centenas de milhares de pessoas de todo o mundo apoiem seus irmãos e irmãs na fé em nome Dele”.

O Início

Esta obra de caridade pastoral foi fundada em 1947 pelo sacerdote premonstratense holandês Werenfried van Straaten. Desde o início, o foco da obra foi a reconciliação bem como o amor aos inimigos, como exige o Evangelho. Isso pode ser comprovado pelo fato de que essa organização surgiu de uma campanha para ajudar os refugiados alemães expulsos após a II Guerra Mundial, precisamente na Holanda e na Bélgica, países onde a população sofreu muito sob a ocupação alemã. A ajuda para os “inimigos de ontem” tinha a intenção não só de aliviar a desgraça imediata daquele povo, mas também de eliminar o ódio, trazendo a reconciliação para uma Europa devastada e hostil e, ao mesmo tempo, se transformar numa “escola de amor” para aqueles que forneciam a ajuda.

A obra de caridade pastoral cresceu rapidamente e estendeu suas atividades para alcançar os países da Cortina de Ferro (…), bem como os da Ásia, África e América Latina. Com o passar do tempo, ela foi se focando primordialmente nos esforços para apoiar o trabalho pastoral da Igreja Católica nas regiões onde ela havia se tornado objeto de perseguição, ou onde ela não tinha os meios suficientes para cumprir com a sua missão. Além de conseguir ajudas materiais, uma de suas preocupações principais foi a de dar uma voz para a “Igreja do Silêncio”.

Uma resposta ao apelo de Fátima

Ao mesmo tempo, a ACN, consagrada a Nossa Senhora de Fátima no dia 14 de setembro de 1967, está conduzindo várias campanhas para celebrar o centésimo aniversário das aparições em Fátima. As festividades irão culminar com uma grande peregrinação internacional para o santuário português em setembro de 2017. O Pe. Martin Barta, assistente espiritual da obra, continuou afirmando que a ACN se transformou ao longo dos anos em um “movimento espiritual global”, que clama por uma “rebelião do coração”. Essa “revolução não se baseia nos falsos mitos do comunismo ateu ou do humanismo relativista, mas sim na realidade da cruz de Jesus Cristo e de seu Coração transpassado”.

A ACN foi consagrada a Nossa Senhora de Fátima porque o Padre Werenfried van Straaten considerava que a Obra era como uma resposta à mensagem de Fátima. A “rebelião total contra Deus”, que culminou inicialmente com a revolução de Outubro na Rússia (…) e que desencadeou uma perseguição contra a Igreja com uma severidade sem igual, ainda continua até hoje sob várias formas, em diferentes partes do mundo. A ACN é uma resposta direta ao apelo da Mãe de Jesus para nos convertermos para Deus. “Como uma Fundação Pontifícia, desejamos intensificar nossos esforços para ajudar a Igreja a conduzir ao triunfo do Imaculado Coração de Maria em todo o mundo”, disse o padre Martin Barta.

Fiel às origens, a ACN hoje

A ACN apoia cerca de 6.000 projetos por ano em mais de 140 países por todo o mundo e mantém 23 escritórios nacionais. Atualmente, um dos focos de sua atuação é a ajuda aos cristãos perseguidos e ameaçados do Oriente Médio, impedindo o extermínio das comunidades cristãs no próprio berço do cristianismo. Para a Quaresma deste ano, a obra de caridade fez uma campanha mundial pedindo para se apoiar a jovem e vigorosa, mas materialmente pobre, Igreja no Continente Africano.

 

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