Congregação Filhas da Ressurreição no serviço dos mais pobres entre os pobres, em Ruanda, Congo, Camarões e Brasil

No sudeste africano, Ruanda e a parte leste da República Democrática do Congo, são regiões ricas em recursos minerais; porém, devastada por violentos conflitos. Sobretudo no leste do Congo, as lutas políticas, repletas de estupros, recrutamentos forçados, crimes de guerra, além de centenas de milhares de mortos e refugiados, são as causas do constante e incalculável sofrimento da população.

As Nações Unidas e iniciativas humanitárias já se estabeleceram lá, porém, comumente elas deixam a região e seus habitantes à própria sorte. Oposto a isso, as “Filhas da Ressurreição”, ordem católica feminina de pastoral caritativa, permanece firme no serviço aos mais pobres.

Fundada em 1966, no que era então o Zaire, com a ajuda de Padre Werenfried van Straaten, fundador da Ajuda à Igreja que Sofre, a ordem se dedica às pessoas que vivem à margem da sociedade. No princípio, as “Filhas da Ressurreição” foram destinadas principalmente ao trabalho com a população indígena, independentemente da sua origem e educação. Mas, atualmente, as 208 irmãs que trabalham para a ordem, em quatro países, ajudam milhares de pessoas a se levantarem novamente a cada dia, a superar o sofrimento, a miséria e a desesperança e, assim, restaurar sua humanidade.

Para o Abade Floribert Bashime, mentor espiritual da ordem e membro do departamento de pastoral da Arquidiocese de Bukavu, a congregação não tem a preocupação em crescer demasiadamente. “As condições de vida são difíceis, mas as ‘Filhas da Ressurreição’ têm um carisma especial: servir aos mais pobres entre os pobres. E, onde quer que os católicos vivam e acreditem, também as vocações florescem”. O abade, que acolhe 150 irmãs em sua diocese, afirma que a maioria delas trabalha em hospitais, postos de saúde e escolas. Assim, “elas estão em contato direto com os fiéis e suas necessidades”.

Em Ruanda, vivem atualmente 40 “Filhas da Ressurreição”, oito em Camarões e três no nordeste do Brasil. A razão imediata para a expansão da ordem foi o recebimento de consultas de bispos que queriam uma filial em sua diocese. Um deles é Dom Willy Ngumbi Ngengele,  responsável pela diocese de Kindu, região que acolhe cerca de 340 mil católicos – cerca de um terço da população –, está em grande parte inacessível e ainda sofre com o recrutamento forçado de crianças e jovens. “Graças às ‘Filhas da Ressurreição’ nosso trabalho pastoral recebeu novo impulso precisamente porque – como Cristo – elas vão até os mais pobres dos pobres”.

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