A morte chegou de repente, durante a noite. Eram 3h34min, e as pessoas dormiam, quando a terra tremeu. Foi um dos terremotos mais fortes da história: 8,8 na escala Richter.

Casas desmoronaram, pontes desabaram, oitenta por cento da população sentiu durante 90 longos segundos os duros abalos da Terra no Chile. Foram contados 270 tremores secundários. E depois chegou o tsunami e rasgou o litoral – levando tudo o que estava no caminho das ondas. Por centenas de quilômetros se estenderam a destruição e os destroços.

Foram 450 mortos, os danos são incalculáveis, 40 mil escolas foram atingidas, 200 mil casas, sem falar dos barracos. Ainda enquanto os tremores secundários mantinham as pessoas receosas e assustadas, padres e religiosas lá estavam, para consolar e para rezarem juntos. Uma onda de solidariedade levantou-se no povo contrapondo-se ao choque. Também os corações se comoveram. Com o lema “Chile ajuda Chile”, chegaram milhares de donativos para os primeiros socorros. Nação e povo se mostraram solidários na necessidade. Agora, quatro meses após a catástrofe, os recursos estão esgotados.

Hoje falta, sobretudo, o lugar para agradecer a Deus pela sobrevivência, pela ajuda recebida na necessidade, pelo amor ao próximo concretizado. Quatro de cada cinco igrejas estão destruídas ou tão danificadas que não podem mais ser utilizadas. A Missa é celebrada a céu aberto em ruas e praças. Mas agora é inverno no Chile, e ele chega com chuva e muito frio. A Ajuda à Igreja que Sofre montou muitas “capelas-tendas” – soluções provisórias para celebração dos sacramentos com capacidade para 100 fiéis.

As “capelas-tendas” foram o primeiro passo da campanha de reconstrução que o nosso escritório de Santiago do Chile lançou com o nome de “Um novo Chile com Cristo”. Juntamente com os bispos queremos “dar novamente um teto à fé no Chile”. Será um processo demorado, como diz o arcebispo Ricardo Ezzati. E só a Igreja consegue estar à altura dessa missão, de tal modo que o Chile saia fortalecido da catástrofe. “Nossas igrejas são sinais da presença de Deus entre nós. Aqui, a comunidade pode ser fortalecida. Aqui podem brotar, de novo, virtudes e valores espirituais para uma comunhão fraterna”. Essa comunhão fraterna diz respeito também a nós. Porque sozinhos eles não conseguirão dar conta. Juntos, sim – e isso pode fazer crescer também a nós mesmos em nossa comunhão com Deus e com os que mais sofrem.

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Um comentário

  1. elizabeth tomie nascimento 23 de junho de 2010 at 21:37 - Responder

    PAZ E BEM …”DEUS” PROVE “DEUS “PROVERÁ..AGRADEÇO AO “SENHOR “PELOS OPERÁRIOS ,A MESSE É GRANDE E OS OPÉRÁRIOS SÃO POUCOS…TENHA FÉ REZAREI SEMPRE POR VOCES…’QUE “DEUS”ESTEJA SEMPRE COM VOCÊS..QUE OS PROTEJA E LHE DE FORÇAS NESTA MISSÃO ABENÇOADA.

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