No Sudão, mas também no Sudão do Sul, Chade, Mali ou na Somália… é enorme a lista dos países africanos em que as crianças são transformadas em soldados, obrigadas a combater em sangrentas guerras-civis, ou em tantos conflitos que a comunidade internacional teima em ignorar.
Entre as muitas organizações não-governamentais que têm vindo a alertar sistematicamente o mundo para esta realidade, conta-se a Human Right Watch (HRW). A sua última denúncia é que, muito provavelmente, grupos fundamentalistas islâmicos estão recrutando centenas de crianças para seus “exércitos”.
Segundo a Deutche Welle, responsável pelo departamento para a África Ocidental da Human Rights Watch, “muitas crianças foram aparentemente entregues a grupos islâmicos por membros mais velhos da família em troca de dinheiro”.
Esta especialista adianta que o recrutamento dos radicais islâmicos ocorre preferencialmente “onde prevalece uma prática muçulmana mais conservadora”, havendo notícias de que diversas crianças teriam sido levadas para as frentes de combate.