Às vésperas de suas eleições, que acontecem dia 12 de outubro, a população da Bósnia-Herzegovina precisa urgentemente de reformas políticas e de aproximação da comunidade internacional. Apesar da distância geográfica, nós brasileiros vivemos nosso período de eleições e sabemos o quão delicado ele é por si só, ainda mais quando o país passa por graves problemas.

Atualmente o desemprego chega aos 50%; quase três quartos dos jovens que chegam ao mercado de trabalha não conseguem encontrar trabalho; a insatisfação da população, composta por três grupos étnicos – bósnios, croatas e sérvios -, tem crescido enormemente, sendo que a maioria rejeita seu próprio país; a corrupção, o clientelismo e o nepotismo são generalizados. “Estamos vivendo uma situação absurda. A Bósnia-Herzegovina não se move para frente, seja política seja economicamente. O país tem um número de constituições que obstruem umas as outras. O número de ministros é astronômico. As pessoas anseiam por uma nova organização do Estado”, explica Dom Franjo Komarica, bispo de Banja Luka, durante conversa com a AIS Internacional, no dia 02 de outubro.

Dom Komarica está profundamente preocupado, afinal, em consequência do impasse político, da falta de segurança jurídica e da crescente insatisfação encontra-se o perigo. O Bispo acredita que essas partes do país se radicalizarão: “Há pessoas aqui que poderiam explorar a instabilidade e não devemos ignorar as nuvens escuras que surgem no sudeste. Esta região é uma região onde as forças destrutivas, radicais do mundo árabe podem florescer.” O cenário que se tem, desde o fim da guerra de sua unificação, em 1995, é de um país pacífico independentemente das religiões ou denominações. Porém, desde o reinicio da violência, este consenso está sendo destruído.

A fim de superar a instabilidade persistente, Dom Komarica acredita que um maior compromisso por parte da comunidade internacional é absolutamente essencial. Em suas palavras, a Igreja Católica está fazendo uma contribuição positiva na Bósnia-Herzegovina: “Precisamos de mais justiça, reconciliação e vontade de trabalhar juntos, nós bispos, portanto, convidamos a todos para irem às urnas para votar pela lei e pela justiça e para garantir que o país não fique preso nesta situação desastrosa. A AIS apoia há anos os esforços da Igreja Católica na Bósnia-Herzegovina. Entre 2008 e 2013, em especial, para a reconstrução de igrejas e instituições religiosas.

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