Foi com uma sensação de alívio que os bispos católicos Kyrillos William de Assiut e Dom Botros Hanna de Minya, reagiram aos últimos acontecimentos políticos no Egito. “Sob a Irmandade Muçulmana uma polarização sem precedentes tomou conta do país.

Os cristãos foram acusados de ser contrários ao Islã; templos e igrejas, assim como delegacias de polícia foram reduzidos às cinzas. Até mesmo muçulmanos moderados se reuniram para nos proteger”, sublinhou o bispo Kyrillos em uma reunião na sede da Associação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). “Agora os egípcios estão unidos. Todos são contra o terrorismo e o extremismo”, continuou o prelado.

Dom Botros Hanna também expressou alívio ao falar com a equipe da AIS: “Temos os mesmos problemas e as mesmas esperanças que nossos compatriotas muçulmanos. Juntos podemos encontrar uma solução. É absolutamente essencial que respeitemos um ao outro e continuemos o diálogo”. O Bispo Hanna expressou mais adiante: “não existe guerra entre religiões no meu país, e sim um conflito entre cidadãos egípcios e extremistas”.

O prelado também expressou grande preocupação a respeito da enorme desigualdade social no Egito e o amplo número de analfabetos na população; ambos fatores jogam a favor dos extremistas. Dom Hanna afirmou ainda que “o Egito necessita de educação, escolas, respeito pelos direitos humanos e os direitos das minorias”.

Ambos os bispos se declararam otimistas sobre a nova constituição, a qual levaria em conta o interesse de todos os Egípcios. De acordo com os bispos, representantes da respeitada universidade Islâmica al-Azhar, localizada no Cairo, e as Igrejas Cristãs estiveram envolvidas na formulação desta. A meta era a separação de religião e estado. Cerca de 85% dos Egípcios são muçulmanos Sunitas e entre 10 e 15% são cristãos. O número de católicos no país é de 200.000.

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