“Na oração, o cristão aprende a partilhar a própria experiência espiritual de Cristo e começa a ver com os olhos Dele. A partir Dele, do Filho Unigênito do Pai, também nós conhecemos a Deus e podemos inflamar outros no desejo de se aproximarem Dele.” Encíclica Lumen Fidei

Este é apenas o editorial do Boletim de Outubro de 2013.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

Para preservar em nós a luz da fé e poder partilhá-la com outros, nós necessitamos imprescindivelmente da oração. Ela é insubstituível. A oração é a coisa mais bela, mais importante e mais potente que uma pessoa possa realizar. Adorar a Deus é a primeira vocação do homem. Uma vez que nós, como criaturas, procedemos do coração de Deus, nosso espírito e nosso coração anseiam por Deus, por permanecer Nele que é nosso Pai e amigo. Assim como o respiro mantém em vida o corpo, assim a oração preenche a alma com a vida de Deus. Sem a oração, o homem definha interiormente.

Mas de que maneira aoração pode se tornar a motivação mais natural, mais espontânea do nosso coração? Podemos simplesmente começar, como os apóstolos, pedindo: “Senhor, ensina-nos a rezar.” Devemos retomar sempre de novo a nossa opção pela oração e abrir a Deus o nosso coração. A oração muda a pessoa, seu sentimento, seu pensar, suas decisões e sua ações. Ela conduz a alma ao mundo sobrenatural de Deus. Por isso o místico alemão Angelus Silesius pôde dizer que o verdadeiro orante se transforma naquele para o qual ele reza. Mesmo quando o coração parece frio e como que desfalecido, não é uma farsa ajoelhar-se, reconhecer a própria incapacidade de rezar e suspirar por Deus. Se nos esforçarmos sinceramente por rezar, apesar de todas as dificuldades, apesar da aridez interior e das distrações, Deus certamente não vai recusar-nos a sua graça. Porque o seu maior anseio é tornar-se o centro do nosso coração, para nos inspirar, conduzir e realizar tudo na nossa vida. Desse modo então, todo o nosso agir e atuar se tornará oração.

Quando nos aproximamos de Deus e procuramos a comunhão com ele, nós também nos aproximamos cada vez mais entre nós e podemos realmente viver uns pelos outros. Madre Teresa de Calcutá, que vivia quase sempre rezando o rosário, um dia perguntou a um seminarista: “Quantas horas por dia você reza?” Este ficou surpreso: “Madre, da senhora eu esperava um apelo para o amor ao próximo, um convite a amar mais os pobres. Por que pergunta quantas horas eu rezo?”. Então Madre Teresa pegou suas mãos e disse: “Meu filho, sem Deus somos sempre pobres demais para ajudar os pobres! Lembre-se disso: eu sou apenas uma pobre mulher que reza. Quando rezo, Deus coloca seu amor no meu coração e só assim eu sou capaz de amar os pobres – porque eu rezo!”

Queridos amigos, que nenhum tempo seja mais importante e precioso para nós do que aquele que dedicamos à oração. Se nós formos uma obra assistencial de pessoas que rezam, nunca nos faltarão os recursos financeiros para atender aos inúmeros pedidos que recebemos dia após dia. Quem mergulha em Deus na oração não ignora nenhuma necessidade.

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Um comentário

  1. Gelson José Bolzan 20 de outubro de 2014 at 06:09 - Responder

    Gostei muito dessa matéria, a oração é o sustento da vida em Cristo. Veja, sou um pobre pecador, viciado em site pornográfico, masturbação e, por minhas forças, não conseguirei nunca um progresso na minha vida no sentido de usar do dom da sexualidade de modo a agradar a Deus. Devo, portanto, me humilhar perante Deus, esse Deus que me ama, assim como sou, que me escolheu em Cristo e que quer contar comigo na construção da Civilização do Amor, pois Ele não escolhe capacitados, mas capacita os escolhidos. Espero, portanto, minha cura e libertação. Vou, então, gastar mais tempo para rezar, orar. Chega de me escusar dizendo que não tenho tempo. Ele me ama e quero ser recíproco, Amém!!

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