O homem na beira da estrada parecia muito preocupado. Numa mão segurava uma mala, o polegar da outra pedia carona. Já de longe o motorista profissional Luís o viu e freou. O homem subiu. Perguntou: “Está sozinho?” Luís ia responder “sim”, mas olhou para a foto do Padre Pio. “Bom”, disse ele, “pra dizer a verdade, eu nunca viajo sozinho”.

Este é apenas o editorial do Boletim de Outubro de 2011.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

O homem olhou para trás, mas não viu ninguém. Olhou interrogativo para Luís. Depois de uma curva, Luís deu uma rápida buzinada e disse: “Eu nunca estou sozinho. Deus sempre está comigo. É só a gente querer vê-lo. E quando passo por uma igreja, como agora mesmo, eu dou uma breve buzinada para cumprimentá-lo. Para que ele não se sinta tão abandonado no sacrário”. O homem se assustou. Por vários segundos arregalou os olhos para ele. “Pare”, disse ele com voz trêmula. “Pare, eu tenho de voltar. Sou o pároco desse lugar. Eu estava querendo sumir daqui”.

Luís, o motorista profissional, vive na presença de Deus, onde quer que esteja e para onde quer que vá. Sua fidelidade simples nas pequenas coisas salvou a vocação desse padre. O chamado de Deus seguiu-o, foi até a estrada. “Deus necessita de homens”, disse o Papa Bento XVI na Baviera, “precisa de pessoas que digam: sim, estou disposto a tornar-me o teu trabalhador na messe, disposto a ajudar a fim de que esta messe que está amadurecendo nos corações dos homens possa verdadeiramente entrar nos celeiros da eternidade”. É a messe do amor. Mas, ao germinar, a colheita pode sufocar. Era demais, para o padre do caminhão de Luís: cinco paróquias para dirigir; brigas mesquinhas entre os fiéis; solidão. Ele tinha parado de rezar, a nascente de suas energias estava soterrada.

Assim como Luís, nós podemos – com nossa fidelidade na oração, com a alegria de filhos de Deus – ajudar a manter vivo no coração dos padres o primeiro amor, o temeroso e alegre Sim. Quantas vezes a Igreja sofre, também aí!

Nossa Obra assistencial é uma obra profundamente sacerdotal. Ela surgiu por desejo dos Papas. O Pe. Werenfried concretizou-a universalmente com o seu sim. Ele sempre considerava primeiro a situação do padre, porque ele “é aquele através do qual passa a força do Senhor” (cf. Bento XVI). No início a Obra se chamava Ajuda aos Padres do Leste. Não deixemos os padres sós. Vamos doar-lhes momentos comunitários, retiros em comum, momentos de oração em comum. Vamos ajudá-los na formação. E, sobretudo: vamos assisti-los na realização do ato mais sagrado para o qual Deus os chamou, a celebração da Eucaristia. Façamos com que rezem Missas pelas intenções do Santo Padre, pelas nossas próprias intenções e pelo trabalho desta Obra.

Com minhas mãos sacerdotais vazias, mas plenas de Deus, abençoo a todos, com gratidão.

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Um comentário

  1. CESAR B.M. GODOY 4 de novembro de 2011 at 15:09 - Responder

    BOA TARDE,SOU MINISTRO DA COMUNHAO,GOSTARIA DE PODER FAZER UM ALGO A MAIS.FIQUEM COM DEUS .

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