“Cristo quer romper os limites de sua existência histórica a fim de, por amor a seu Pai, buscar sempre de novo, inclusive nos dias de hoje, seu rebanho perdido.” Pe. Werenfried van Straaten

Este é apenas o editorial do Boletim de Junho de 2013.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

Ao nos depararmos com o amor de misericórdia vivido por Deus, particularmente em Jesus, encontramos a face mais cativante da Bíblia. A história bíblica nada mais é do que um grande relato do amor de um Deus apaixonado pelo homem pecador que envia seu filho para anunciar a salvação. “Os sãos não precisam de médico e sim os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores ao arrependimento”, afirma o Evangelho de Marcos 2,17. Deste modo, como nos ensina Jesus, não existe vida cristã sem a prática do perdão.

O perdão é a dimensão mais libertadora da vida humana, é a face mais humana e divina do amor cristão. Nada nos liberta mais, no plano pessoal, afetivo, social e espiritual, do que o perdão assumido como opção de vida em nome de Cristo. Este é o caminho que a Bíblia, a Igreja, os místicos e particularmente Jesus nos propõem como ponto de partida. Trata-se do acolher o perdão como dádiva e graça divina em Cristo.

Mas, apesar de Cristo, na ação do Espírito Santo, nos oferecer o caminho do perdão, o mundo insiste em nos propor o caminho da lei pela lei que gera a morte em nós e entre nós. Uma antiga sabedoria indígena nos conta: “dentro de mim existe dois cachorros, um deles é cruel e perverso, o outro é generoso e magnânimo. Os dois estão sempre brigando. Perguntado quais dos dois cachorros ganharia a briga. O sábio índio respondeu: aquele que eu alimentar”. Também o livro do Deuteronômio 30, 15-19 relata: “Eis que ponho diante de ti o caminho da vida e da morte. Se escolheres o caminho do bem tu e a tua descendência serão abençoados, mas se escolheres o caminho do mal, tu e os teus sofrerão”. É preciso escolher que caminho seguir.

Estudos da psicologia afirmam que não podemos carregar o peso de nossos erros e pecados sem adoecermos; que não podemos permanecer presos ao passado cultivando a insensatez do remorso e da raiva, seja por nossos erros e pecados, seja pelos erros e pecados dos outros. Perdoar e acolher o perdão de Deus, então, faz com que permaneçamos sãos. Aqui se situa a grandeza do sacramento da confissão como acolhimento do amor misericordioso de Deus Pai.

Na passagem do mês de junho, que nos recorda o Sagrado Coração de Jesus, a oferta do amor de perdão, que nos reconcilia com Deus e com os irmãos, é a melhor forma de vivera verdadeira alegria de Jesus.

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