Capital de São Paulo, 6 de agosto pela manhã. Na Catedral da Sé, o Cardeal Dom Odilo Scherer celebra para centenas de pessoas e, quando fala sobre os cristãos perseguidos, reflete: “O que dá tanta força para esses cristãos se manterem fiéis? É preciso ter uma convicção muito forte de que estão fazendo tudo por Ele e por isso participarão também de Sua glória!” O Cardeal ressaltou ainda que ouvir a Deus “não é simplesmente ouvir a Palavra, mas traduzir isso em ação”. Assim lembrou que a ACN ajuda permanentemente os cristãos perseguidos e finalizou convidando a ACN a manter esse Dia de Oração.

Nordeste do Brasil, cidade de Pedro Alexandre, uma região que tem muitas carências no interior da Bahia. Lá, o padre Antonio Gomes, que teve sua vocação despertada com a Bíblia da Criança – um projeto da ACN – celebra com sua comunidade rezando pelos cristãos perseguidos no mundo todo. No altar, o cartaz da campanha do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos.

Rio de Janeiro, final do dia. Aos pés do Cristo Redentor o Cardeal Dom Orani Tempesta conduz um momento de oração enquanto o principal cartão postal do Brasil tem sua iluminação mudada para vermelho em homenagem aos cristãos perseguidos e martirizados: “este dia recorda o tempo em que a Planície de Nínive foi esvaziada pelos cristãos que fugiram (do grupo Estado Islâmico). Também nós vemos que aos poucos, devido às orações do mundo inteiro, os cristãos já começam a voltar para a reconstrução das suas casas e reconstrução das suas vidas”, lembrou o Cardeal. Também aos pés do Cristo, Moussa Diabate, dá seu testemunho contando como se tornou um refugiado do Mali que, após se converter ao cristianismo, precisou fugir de sua própria família para não ser assassinado.

Catedral na Sé, 6 de agosto
Cardeal Dom Odilo Scherer rezou pelos cristãos perseguidos na fé.

Cristo Redentor, 6 de agosto
Cardeal Dom Orani Tempesta fala da Igreja perseguida em cerimônia no Cristo Redentor.

Crianças na Casa de Missão de Amgachhi
Padre Antônio celebra com suas comunidades em Pedro Alexandre, Diocese de Paulo Afonso, na Bahia.

Três lugares bem distintos são exemplos do que aconteceu Brasil afora no último dia 6 de agosto, onde as pessoas tinham um único propósito: confortar os cristãos perseguidos com suas orações.

Em uma campanha com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a ACN convidou todas as paróquias do país a rezarem por aqueles que guardam a fé com a vida. “A Igreja é uma grande comunhão, nós até chamamos de comunhão dos santos aqueles que pertencem a Cristo, que foram revestidos de Cristo. E manifestarmos através da nossa oração essa comunhão, essa caridade, significa sermos cada vez mais Igreja”, declarou Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB.

A terceira edição do Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos foi marcada pelo grande engajamento de pessoas de todo o Brasil, que se comprometeram a colocar as intenções nas Missas, rezarem o Terço ou mesmo nas orações pessoais. Este ano a ACN também pôde partilhar sobre os frutos que a oração tem trazido: em 2014 se estimava que os cristãos iriam desaparecer do Iraque em 5 anos, hoje muitos cristãos voltam para a Planície de Nínive; há poucos meses muitos viram o retorno de uma menina, a Cristina que, com apenas 3 anos de idade, havia sido sequestrada pelos terroristas do EI em agosto de 2014, ela foi devolvida à família sã e salva em junho 2017, durante esse período ela estava sob os cuidados de uma família muçulmana, uma história que não se explica sem considerar o poder da oração.

Graças ao Dia de Oração, os cristãos brasileiros não apenas passaram a saber o que acontece com aqueles que correm o risco de perderem suas vidas para viver sua fé como ainda podem rezar por eles e os encher de esperança por meio da oração. Uma Igreja que se compromete a rezar enquanto houver uma Igreja que sofre.

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