“Todo aquele que é pobre, em qualquer que seja o sentido da palavra, é Cristo. Portanto, ajudem, para darmos roupas e alimentos aos seus irmãos. Reservem um lugar à sua mesa para os famintos. E deem a todos o seu amor e a sua misericórdia, o seu perdão e um rosto amável.” Padre Werenfried van Straaten

Este é apenas o editorial do Boletim de Dezembro de 2013.
Você pode baixar o boletim na íntegra ao final deste texto (anexo).

 

Em uma carta de Natal, o Padre Pio escreveu: “No nascimento de Nosso Senhor os pastores ouviram o canto dos anjos, como nos revela a Escritura. Porém ela não diz que a Virgem sua mãe e são José, que eram os que estavam bem próximos do Menino divino, tivessem ouvido os anjos cantarem ou tivessem visto o esplendor celestial.” O que foi que eles ouviram e viram? O choro do recém-nascido e a estrebaria escura e fria, porque na hospedagem não havia lugar para eles.

Milhões de pessoas terão de passar este Natal em fuga, no meio da guerra, sem família e sem troca de presentes. No entanto, eles estão bem próximos da manjedoura, com Maria e José. Na fraqueza da criança e na madeira da manjedoura eles reconhecem simbolicamente o vulto da cruz que eles carregam. Eles nos ensinam a colher o mistério natalino do amor. Eles são as estrelas que brilham para nós no caminho de Belém.

É sobretudo a essas pessoas que se dirigem nossos votos de Natal. Nós estamos rezando por elas. O exemplo do pequeno menino de Damasco é representativo para muitos. Ele brinca de esconder com sua irmãzinha de seis anos – e um atirador o atinge em cheio. Desde então, sua irmã é vista muitas vezes no cemitério, no túmulo de seu pequeno irmão. Com as mãos ela escava na terra e chama: “Saia do esconderijo, eu não quero mais continuar brincando.”

Diante disso só dá para ficar em silêncio e chorar, qualquer palavra se mostra inconveniente. No entanto, podemos também dizer a esse menino e a essa menina: “Por você, Deus veio ao mundo.” Por você, que vive com medo de ser assaltado, de ser sequestrado ou morto. Por você, que está separado de sua família devido à guerra ou que a perdeu e conhece a profunda dor da separação e da morte. Por você, que é perseguido por causa de sua fé e tem de viver escondido. Por você, que não tem mais casa e vive em um campo de refugiados. Por você, que não pode celebrar a Missa de Natal em uma igreja, porque ela foi destruída por bombas ou por incendiários. Por você, que não vai receber presentes de Natal e tem de se preocupar todos os dias para conseguir ao menos um pedaço de pão e água para sobreviver. Por você que, apesar de tudo isso, acredita e celebra a festa de Natal.

Mais que qualquer um de nós, essas pessoas experimentam o mistério de Natal em seu próprio corpo. Elas anseiam pela vinda do Redentor. A elas gostaríamos de desejar a bênção da Noite Santa através de nossos dons e orações e anunciar a Boa Nova: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor!” (Lc 2,11)

A vocês e suas famílias desejo um Natal abençoado.

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