ACN

De início, uma nota introdutória a respeito do nome, que sofreu alterações durante os anos. Em 1947 a obra que nascia pelas ações do padre holandês, Werenfried van Straaten, ficou conhecida como Ostpriesterhilfe (Ajuda aos Padres do Leste). Em seguida recebeu um nome mais abrangente: Kirche in Not (Ajuda à Igreja que Sofre em alemão). E foi com base neste último que o nome da obra foi traduzido em todo país onde se abriu um escritório. Dessa maneira, ao passo que se expandia, a obra também perdia a sua identidade global, pois a tradução em cada língua nacional se distanciava do nome original alemão. Até que em 2016 deu início à universalização do nome, como ACN, sigla do nome em inglês “Aid to the Church in Need“, que mantém o significado da missão recebida desde sua fundação: Ajuda à Igreja que Sofre.

HISTÓRIA

A ACN nasceu do sofrimento e da necessidade extrema de um povo que sentiu na própria pele a barbárie da maior guerra do planeta, a II Guerra Mundial. A Alemanha foi totalmente destruída e seu povo jogado nas piores condições humanas imagináveis. Diante deste quadro trágico surge uma esperança que consegue amenizar, ao menos um pouco, a dor deste povo marcado por uma batalha que não teve vencedores.

Em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, o padre holandês Werenfried van Straaten viu a miséria em que viviam os alemães que permaneceram em sua pátria. Inquieto com a situação, escreveu um artigo desafiador, pregando o amor e a reconciliação aos que antes eram inimigos da Alemanha. Não demorou até que sua voz encontrasse corações generosos e sensíveis: milhares de pessoas passaram a ajudá-lo. Como a Europa estava dizimada pela guerra, eram poucos os que podiam ajudar com dinheiro; muitos doavam algo de casa, algum alimento. Toucinho era um alimento comum entre os mais humildes daquela região e o que mais se conseguiu arrecadar, conferindo ao padre Werenfried o apelido de “Padre Toucinho”.

Padre Toucinho observou que as pessoas que doavam sentiam uma profunda e autêntica alegria em seus corações e percebeu que o gesto da caridade não levava felicidade e alento apenas para os que seriam ajudados, mas também para os que estavam ajudando. A verdade bíblica se confirmava: “há mais felicidade em dar do que em receber” (At 20,35). Nascia então a ACN! (Kirche in Not em alemão). À medida em que o auxílio chegava aos mais necessitados – não mais somente na Europa – a ACN se tornava conhecida e os Papas pediam que se expandisse ainda mais a obra, não apenas para aqueles que passavam necessidades por conta da guerra, mas para todos os que sofriam por viver a sua fé.

A relação dos Papas com a ACN sempre foi muito marcante: São João XXIII incumbiu a missão de que a Igreja na América Latina fosse também apoiada pela ACN; Paulo VI, antigo benfeitor, colocou a ACN sob jurisdição da Santa Sé; São João Paulo II foi um grande amigo do padre Werenfried e reconheceu a Obra como Organização Pública de Direito Pontifício; Bento XVI, que também foi benfeitor antes de Sumo Pontífice, elevou a ACN à categoria de Fundação Pontifícia, passando sua sede para o Estado do Vaticano. Agora, a Fundação Pontifícia ACN está a serviço do Papa Francisco, tornando possível o seu pedido de fazer uma Igreja mais próxima do necessitado, do pobre, do excluído, ou seja, dos prediletos de Deus.

Milhões de pessoas são beneficiadas todos os anos por meio de aproximadamente 5 mil projetos apoiados pela ACN em cerca de 130 países – incluindo o Brasil. Os projetos auxiliados pela ACN são os mais variados possíveis no campo pastoral, que vão desde o subsídio para a formação de seminaristas, padres e religiosas; material catequético; construção e reconstrução de igrejas e capelas; transporte para religiosos; recuperação de jovens dependentes químicos como nas Fazendas da Esperança; barcos para missionários no Amazonas; construção de escolas e casas para refugiados no Oriente Médio e muito mais.

FATOS HISTÓRICOS

Uma trajetória inspirada na providência divina,
mantendo com fidelidade criativa o carisma de mendigar por quem mais precisa.
Papa Francisco
“Muito obrigado por abrir o coração, pela oração, pela contribuição de vocês. E não se esqueçam de uma palavra: frear. É proibido frear! A misericórdia não se freia. Obrigado!”

Mensagem do Papa Francisco aos benfeitores da ACN